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Tribuna registrou fatos marcantes na cidade e região

Nesses seus 30 anos de existência, o jornal Tribuna do Norte, de Apucarana, registrou fatos inéditos que marcaram a história do jornalismo do município e do Vale do Ivaí. Foram situações de desespero, medo, mortes e de muita preocupação por parte da popul

Da Redação

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Tribuna registrou fatos marcantes na cidade e região
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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2021, 13:26:14 Editado em 13.03.2021, 13:26:10
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Nesses seus 30 anos de existência, o jornal Tribuna do Norte, de Apucarana, registrou fatos inéditos que marcaram a história do jornalismo do município e do Vale do Ivaí. Foram situações de desespero, medo, mortes e de muita preocupação por parte da população.

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Um dos episódios mais impressionantes ocorreu no final da tarde do dia 22 de maio de 1992, quando um forte vendaval passou por Borrazópolis, deixando um grande rastro de destruição. O fenômeno da natureza praticamente arrasou o município, deixando muitas famílias desabrigadas e mais de uma dezena de mortos. Foi uma tarde em que a cidade ficou totalmente às escuras, sem energia elétrica e encoberta por nuvens negras.

Equipes da Tribuna do Norte se revezaram na cobertura dos estragos ocasionados pelo temporal, no socorro às famílias atingidas e na recuperação da cidade por parte de agentes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura, dos órgãos de segurança pública, enfim, de todos os segmentos envolvidos no trabalho de assistência aos atingidos pelo fenômeno climático.

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Postes e árvores caídas dificultavam o socorro às vítimas. O Corpo de Bombeiros e carros da polícia percorriam as ruas, e familiares desesperados reviravam destroços em busca de feridos.

O Hospital Municipal, que recebia gente a cada minuto, ficou lotado. Sem energia, médicos e enfermeiros tiveram que trabalhar à luz de velas e lampiões de gás. Os casos mais graves eram levados para hospitais de outras cidades, como Apucarana e Ivaiporã.

Casas, barracões e veículos foram destruídos pelos destroços e plantações foram danificadas por ventos de 100 quilômetros por hora.

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No total, 1.500 pessoas ficaram desabrigadas, com centenas de feridos. Algumas pessoas ficaram internadas com traumatismo craniano e houve 12 mortes.

Este foi apenas um fenômeno ambiental entre os muitos que ocorreram em Apucarana e em outros municípios da região, que causaram grandes estragos na cidade e na zona rural durante esses 30 anos.

Caso Ivanzinho chamou a atenção

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O crime praticado pelo ex-empresário Ivan Adonizete de Oliveirra, o conhecido Ivanzinho, na época com 44 anos, ocorrido no dia 24 de julho de 1999, também movimentou os meios policiais naquele ano, uma vez que o criminoso exercia cargo público na Prefeitura. Ele foi acusado de matar o garçom do Royal Bingo, Ilson Aparecido da Silva, popular Tatão, na época com 33 anos, depois de uma desavença na porta do clube, onde acontecia um evento festivo e de lazer.

O crime gerou na época clamor e muita revolta devido à forma “banal e covarde” que teria motivado Ivanzinho dar um tiro de revólver em Tatão.

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Ivanzinho era bastante conhecido em Apucarana. Na época, exercia o cargo de chefe de gabinete no mandato do ex-prefeito José Domingos Scarpelini. Depois de condenado, Ivanzinho passou bastante tempo na prisão até morrer por problemas de saúde.

Sequestro com reféns em ônibus terminou com mortes

Outro episódio marcante foi o sequestro de um ônibus com aproximadamente 45 pessoas, feito pelos famosos Irmãos Oliveira no dia 17 de setembro de 1991. O sequestro, que começou em Ivaiporã e seguiu pela Rodovia do Milho, no sentido Apucarana, só terminou na tarde do dia seguinte, entre Novo Itacolomi e Cambira, mais precisamente no trecho de acesso a Cambira, após muita resistência dos sequestradores, tentativa de negociações por parte da Polícia e, enfim, tiroteio.

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Os criminosos eram Manoel Francisco de Oliveira e seu irmão Joaquim, conhecido como “Joaquinzinho”. No início da noite do dia 17, a polícia estourou os pneus do ônibus sequestrado, que ficou isolado no meio da rodovia. Em pouco tempo, mais de 100 policiais civis e militares montaram o cerco.

Até o prefeito na época, José Domingos Scarpelini, entrou nas negociações se oferecendo para ficar em troca dos reféns, mas sem êxito. Os bandidos preferiram trocar uma senhora grávida, Carmen Ruiz de Oliveira, pelo advogado Ivalino Turke. Quando saiu do ônibus a mulher já entrou em trabalho de parto. Levada às pressas para o posto de saúde de Cambira, ela deu à luz a uma menina.

O sequestro só terminou depois que o tal de Joaquinzinho saiu do ônibus com um refém para verificar se havia policiais embaixo ou arredor do utilitário. Foi quando houve um disparo de arma de fogo por parte do sequestrador. Aí começou o tiroteio.

Joaquim morreu no confronto, Manoel levou quatro tiros e chegou a se fingir de morto até ser levado para fora do ônibus, quando começou a gritar que ainda estava vivo. Foi preso em seguida. Um ex-policial que observava tudo à distância, Altair Araújo, morreu ao ser atingido por uma bala perdida.

O crime dos Irmãos Oliveira praticado na região ganhou repercussão na imprensa nacional e, inclusive, motivou o então delegado de Polícia, Rubens Recalcatti, depois deputado, a escrever um livro sobre todo o episódio e também sobre a vida e o comportamento desta quadrilha em família.

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