Com o objetivo de oferecer fonte de renda alternativa para o homem do campo, a Prefeitura de Ivaiporã, está iniciando um programa para incentivar a produção de peixes e aproveitar o potencial hídrico do munícipio. Por meio desse projeto de piscicultura, os interessados poderão receber, orientação técnica sobre o cultivo de peixes, e até a terraplanagem de novos tanques com apoio pela prefeitura.
Para o prefeito interino Marcelo Reis, essa é mais uma alternativa de geração de renda às famílias do campo. “Por ser uma atividade econômica muito viável, estamos incentivando a piscicultura no município. É um projeto que ainda estamos dando os primeiros passos. Além da assistência técnica, a ideia é também ajudar com uma estrutura mínima, por exemplo, terraplanagem para que a gente possa também estar estimulando o produtor a estar montando o seu criâme de peixes”, destacou.
A engenheira agrônoma, Estela Zanetti, diretora do Departamento Municipal de Agricultura, recentemente esteve em Mandaguari, conhecendo o Projeto Integração à Piscicultura. Ela vê o projeto da cooperativa como uma oportunidade ideal para os produtores rurais do município. “É um projeto piloto da Cocari e vem ao encontro do que estávamos buscando”.
Ela explica que a Cocari assume a exploração do abatedouro em regime de concessão, criando e abatendo os peixes e repassando para Aurora Alimentos, que venderá os produtos ao mercado, calculado em 100 mil pontos de venda. A previsão da integradora que foi formada recentemente é que a comercialização seja iniciada em janeiro de 2022.
“É um formato de integração no sistema das granjas de frangos. Eles fornecem, os alevinos, a assistência técnica, a ração, despesca, abate e garantia de compra. O produtor, entra com a área, a mão de obra e a aquisição dos equipamentos. É um formato de produção com tecnologia, então tem que estar nas regras e normas exigidas”, expôs Estela.
Para fazer parte do projeto de integração, o produtor precisa ter área para construir tanques de 50 x 100 m e 5 mil metros de lâmina d’água. Além disso, precisa de vazão de 15m³ d’água por hora, rede trifásica e estrada com acesso adequado.
“Os produtores que tem interesse, ou que tenham algum tipo de tanque será analisado pela equipe técnica daqui de departamento para sabermos se vai ser possível adequar esse tanque no formato que eles pedem”.
Aparecido Sabbadini, proprietário rural nas proximidades da cidade, e já trabalha com pesque-pague e tem área para construir pelo menos dois novos tanques para engorda, se mostrou bastante interessado com o projeto de integração.
“É interessante porque é mais uma atividade dentro da propriedade. Hoje tem muitas represas nas propriedades rurais de que foram desativadas. Mas, agora com esse incentivo tem muita gente que vai querer entrar na atividade ou reativar seus criâmes”, assinalou Sabbadini.
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