Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Ivaiporã

publicidade
ISOLAMENTO DOMICILIAR

Pandemia aumenta violência doméstica em Ivaiporã

Apesar o aumento das denúncias, a PM diz que ainda há muita subnotificação de casos

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Pandemia aumenta violência doméstica em Ivaiporã
AutorMajor Élio Boing - Foto: TN Online

Os atendimentos da Polícia Militar (PM) de Ivaiporã à ocorrências de violência doméstica aumentaram 70%, desde março, quando houve o primeiro fechamento do comércio por conta do novo coronavírus. Relatório divulgado esta semana pela 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (6ª CIPM) mostra que de 01 de março a 30 de junho foram registradas 260 ocorrências, no mesmo período de 2019 foram 153. Apesar o aumento das denúncias, a PM diz que ainda há muita subnotificação de casos.

Conforme o comandante da 6ª CIPM, major Élio Boing, embora os números acumulados de violência demonstrem aumento das ocorrências, ainda não refletem a real situação que é muito maior. “Há muita subnotificação, por vários fatores muitos casos deixam de ser registrados. Principalmente, porque muitos toleram a violência na esperança que aquilo não volte a se repetir”, avalia.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Por outro lado, as vítimas também podem sentir medo de denunciar os parceiros, devido à proximidade que agora têm deles, em virtude das medidas de quarentena ou isolamento social. “Outra dificuldade de se procurar o auxílio policial, é a vergonha. Até mesmo porque este auxilio acaba gerando uma repercussão, e os vizinhos acabam tendo conhecimento do que ocorre no lar daquela pessoa”.

Ainda segundo major Boing, mesmo em determinadas situações onde a violência é tão gritante, que os próprios vizinhos se incomodam e acabam acionando a PM, muitas vezes as vítimas preferem não representar contra o autor. “Até mesmo porque com a chegada da viatura a pessoa que estava praticando a violência deixa de fazer, e se posta de uma forma de vitimização, de arrependimento, de choro naquele momento. O que acaba convencendo a outra pessoa que as coisas a partir daquele momento acabariam mudando, com a vítima optando pelo não prosseguimento das medidas judiciais”, diz.

Município oferta canal de atendimento

publicidade

O psicólogo Roniel Bora Delli Colli do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Ivaiporã diz que o crescimento dos casos de violência está associada a ansiedade do isolamento domiciliar. “O humano é um ser social, que quer viver em grupos, ter amigos para conversar, e o fato de ficar isolado em um grupo pequeno intrafamiliar faz com que o comportamento comece a mudar. A convivência intensa e a tensão do momento contribui para que o número de casos de violência doméstica aumentem ou piorem”.

Roniel lembra que Ivaiporã tem alguns canais para denúncia e acompanhamento, um deles, é o “Situação de Violência, via WhatsApp através do número (43) 99977-5493. O atendimento é das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, e é realizado por psicólogos e assistentes sociais. “Geralmente a pessoa vítima de violência está em situação vulnerável e não tem a quem recorrer. O que a gente faz é realizar a primeira acolhida ver qual a situação dela, se é um caso de polícia num primeiro momento, saúde ou alguma outra situação”.

Outro canal de apoio por intermédio do Departamento Municipal de Saúde, é o atendimento psicológico via aplicativo WhatsApp (43) 98483-3084. Para pessoas que se encontram angustiados devido à pandemia e com a necessidade de conversar.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Ivaiporã

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline