Ivaiporã terá em breve um espaço dedicado a preservar sua história e valorizar a cultura local. A Casa da Memória que esta em fase de finalização será inaugurada no dia 21 de setembro, no Parque Jardim Botânico. O local reunirá um acervo com fotos, vídeos, utensílios domésticos e de trabalho, além de documentos históricos cedidos por moradores.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Dionata Rodrigues, a Casa da Memória terá várias áreas temáticas. “O Salão de Exposições será dividido em quatro subsalas: a Galeria de Objetos, com peças antigas; a Sala de Pesquisa, com arquivos históricos; o mezanino, com documentos raros e mapas do município; e a Sala de Restauração, dedicada à manutenção do acervo”, explicou. (fotos abaixo)
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Além disso, a estrutura contará com recepção, salas administrativas e um paisagismo diferenciado. “Na parte externa, teremos o Jardim Ornamental e dois monumentos que contam a história da imigração em Ivaiporã”, acrescentou Dionata.
Ele reforçou a importância cultural e simbólica do espaço. “A Casa da Memória é uma das metas do plano de governo, da gestão do Carlos Gil e da Gertrudes. Desde o início, entendemos que preservar o patrimônio histórico do município é essencial. Essa iniciativa vai garantir que a história de Ivaiporã permaneça viva para as futuras gerações”.
População ajuda a construir acervo que valoriza a memória de Ivaiporã
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A Secretaria de Cultura já coletou mais de 500 itens e segue mobilizando a população para contribuir com objetos e registros que ajudem a contar a trajetória da cidade. A ideia é criar um ambiente vivo de memória e identidade para as futuras gerações.
Coordenado por Vitor Pandolpho, o projeto já reuniu objetos domésticos e agrícolas, fotos, vídeos, documentos, mapas antigos e raridades, como um dos primeiros rádios Semp fabricados no Brasil, cujo único outro exemplar conhecido está em um museu de Fortaleza.
O acervo inclui ainda televisores antigos, máquinas de costura, plantadeiras manuais, serrotes usados na derrubada da mata e balanças romanas do comércio local.
“Reunimos mapas da época em que isso aqui ainda era a Fazenda Ubá e documentos dos primeiros loteamentos da cidade recém-emancipada”, explica o coordenador.
Entre os destaques, está o livro de hóspedes da antiga Pensão Comercial, o primeiro hotel de Ivaiporã. “Tem registros com nome, idade, nacionalidade e data de entrada. Passaram por aqui libaneses, italianos, ingleses, gente que ajudou a construir o norte do Paraná.”
A Casa da Memória também recebeu o primeiro órgão da Paróquia Bom Jesus. “É um Diatron da década de 60, que estava guardado na torre da igreja. Quando vi, percebi que era uma peça que precisava estar aqui.”
A Secretaria de Cultura continua recebendo doações. “Quem quiser contribuir pode procurar a biblioteca às quartas-feiras ou o Centro Cultural, em qualquer dia da semana. Depois da inauguração, o atendimento será direto na Casa da Memória”, informa Vitor.
Pandolpho explica ainda, que todos os objetos passam por análise técnica e são tombados como patrimônio histórico municipal. “A ideia é fazer da Casa da Memória um espaço dinâmico, que mantenha viva a história da cidade para as próximas gerações”, finaliza.
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