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Califórnia volta a exigir uso de máscaras na cidade

Novo decreto determina uso de máscaras inclusive em locais abertos de aglomeração, retoma medidas restritivas e determina isolamento para quem aguarda resultado de testes de COVID19

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Em Califórnia, cidade localizada no Norte do Paraná, a 355 quilômetros da capital, Curitiba, a população volta a conviver com a obrigatoriedade de máscaras, álcool gel e medidas restritivas por conta da Covid-19. Decreto municipal editado nesta quinta-feira (2) retoma medidas sanitárias mais rigorosas, a partir de recomendações da área de saúde do município, que viu o número de casos se multiplicar em maio, num cenário em que há concomitância com doenças sazonais, como as síndromes respiratórias e a dengue. A cidade acusa falta de medicamentos e de risco de insuficiência ambulatorial para atender a demanda caso os números das doenças continuem subindo.

O prefeito Paulo Wilson Mendes, o Paulinho Moisés, como é mais conhecido, justifica a decisão de forma pragmática: “É mais barato prevenir do que curar”, diz. E espera que a população entenda e contribua com as medidas. “Não quero que ninguém passe pelo que eu estou passando em decorrência da doença”, afirma. Paulinho Moisés depende do uso de oxigênio praticamente o tempo todo, já há mais de 18 meses, por conta das sequelas da Covid-19. Ele usa oxigênio por pelo menos 18 horas diárias, por conta dos pulmões comprometidos. “Eu quase morri”, lembra o prefeito. “Tem gente que pegou e teve sintomas leves. Mas a doença é grave. E, para as pessoas, usar máscaras e álcool gel não custa nada. Evitar aglomerações também não”, destaca.

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O secretário de Saúde de Califórnia, o farmacêutico e bioquímico Pedro Antônio Firmo da Silva, diz que a população “baixou a guarda” muito rapidamente e os números da doença voltaram a subir. No período de 3 de maio e 1º. de junho, por exemplo, comparado com o período anterior, a cidade viu o número de casos confirmados saltar de 2 para 60. “Isso dá uns 2.500% de aumento”, calcula.

O farmacêutico informa que atualmente, o sistema de saúde local tem realizado uma média diária de 70 testes para covid-19. “Isso quer dizer que, diariamente, perto de 1% de nossa população local está apresentando sintomas que podem ser da covid ou de síndromes respiratórias. Isso mostra o quando o quadro é grave”, diz, justificando o retorno das medidas restritivas.

TEMPESTADE PERFEITA

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O secretário de Saúde de Califórnia se mostra muito preocupado com a conjuntura. Para ele, há uma “conspiração” para uma “tempestade perfeita”, fazendo referência a uma expressão usada para explicar uma situação na qual um evento, em geral não favorável, é drasticamente agravado pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias que, juntas, podem gerar um desastre.

“Temos a Covid-19, o mosquito da dengue que continua circulando, apesar do frio, e temos todas as variantes virais das síndromes respiratórias. Medicamentos importantes estão em falta no mundo todo, por conta das demandas. Faltam antibióticos, dipirona e até soro fisiológico. Não está fácil comprar isso. De outro lado, temos uma população que baixou a guarda muito rápido e deixou de tomar cuidados. Com o frio, as pessoas se aglomeram em locais fechados, onde o ar não circula. E, essas mesmas pessoas, não estão tendo o cuidado devido com as vacinas, contra a gripe e contra a covid”, comenta, mostrando a conjuntura pouco favorável à segurança do ponto de vista da saúde.

“Estamos num momento bastante delicado. Não sabemos o que pode vir pela frente. Podemos ter uma explosão. Atender 40 crianças num único dia, todas com sintomas de síndrome respiratória e realizar 70 testes de pessoas com suspeitas de covid, mostra que é preciso fazer algo para reduzir os riscos de uma tempestade perfeita”, comenta Pedro Firmo.

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O DECRETO 119

No decreto 119, publicado no Diário Oficial nesta quinta-feira (02), a administração municipal considera a ligação socioeconômica com cidades vizinhas, onde também há um aumento de casos confirmados de Covid, daí a necessidade de retomar medidas para conter os riscos de transmissão da doença.

Pelo decreto, a prefeitura determina o uso de máscaras de proteção facial em locais fechados, terminais urbanos, transporte escolares, repartições públicas, mercados e lanchonetes, restaurantes e em instituições bancárias. O decreto também determina o uso de máscaras mesmo em locais abertos, onde ocorra aglomeração de pessoas.

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A prefeitura também recomenda reforços nas orientações de constante higienização das mãos, bem como uso de álcool em gel 70%; a manutenção de janelas abertas e de ambientes ventilados e, ainda, de que se mantenha o isolamento das pessoas, com apresentado qualquer sintoma gripal.

Conforme o decreto, todas as pessoas com sintomas devem permanecer obrigatoriamente em isolamento domiciliar até a liberação do resultado do teste para Covid, devendo sempre cumprir as recomendações médicas e sanitárias.

Pelo decreto, todos os estabelecimentos públicos e privados deverão reforçar medidas como o uso obrigatório de máscara para todos; disponibilizar álcool gel 70% ou álcool líquido 70% em spray na entrada do estabelecimento para uso de todos; proceder o atendimento limitado de pessoas, de forma que evitem filas e aglomerações dentro e fora do estabelecimento.

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