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Biólogo explica aumento de registros de onça-parda na região

Especialista alerta para cuidados em encontros com o felino e lembra que risco de ataque é baixo

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Biólogo explica aumento de registros de onça-parda na região
AutorAo menos 40 moradores de Faxinal relataram ter visto uma onça-parda. - Foto: Fernando Felippe

Nas últimas semanas, moradores de Faxinal registraram ao menos duas aparições de onça-parda na região. O biólogo Fernando Felippe explica que, apesar da frequência dos flagrantes, o animal sempre esteve presente no território e não costuma representar ameaça direta às pessoas.

LEIA MAIS: Onça-parda é filmada a poucos quilômetros do centro de Faxinal

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Segundo ele, mais de 40 pessoas já relataram encontros recentes com o felino e, em todos os casos, o animal fugiu ao perceber a presença humana. “Isso mostra que a onça não enxerga o ser humano como presa. Se fosse um animal como capivara ou paca, por exemplo, o comportamento dela seria de caça, se escondendo e se preparando para o ataque”, detalha.

Embora ataques sejam possíveis, o biólogo afirma que são extremamente raros. “No Brasil, em 40 ou 50 anos, não chegam a 70 registros de ataque. Casos letais são ainda mais incomuns. Temos muito mais ataques graves de cachorro ou até mesmo de gado do que de onça”, compara.

Por que a onça aparece mais perto das cidades?

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Felippe explica que o felino caça presas de médio porte na natureza, como capivaras, pacas e aves. Porém, a perda de habitat e a fragmentação das matas têm aproximado a espécie de áreas rurais e urbanas, onde encontra facilidade para atacar animais domésticos como cães, gatos, bezerros, carneiros e porcos.

“Antes havia mais floresta, e a onça, que é um animal discreto, vivia escondida. Hoje, com menos mata e o território precisando ser maior, ela acaba se expondo ao atravessar áreas abertas. É nesses momentos que as pessoas conseguem filmar ou fotografar o animal”, explica.

O biólogo lembra ainda que a popularização dos celulares ampliou a quantidade de registros em vídeo, o que dá a impressão de aumento populacional. “Elas sempre existiram na região. A diferença é que, além do relato, agora temos imagens. ”

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Orientações em caso de encontro

Felippe alerta que todo animal silvestre merece cuidado. Ele destaca duas situações em que a onça pode se tornar perigosa: quando está com filhotes ou defendendo uma carcaça de caça.

“Nunca toque em filhotes de felinos ou em animais mortos encontrados na mata. O ideal é acionar os órgãos ambientais, que vão avaliar a situação”, recomenda.

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O especialista reforça que a regra principal é evitar qualquer tentativa de aproximação. “Para qualquer contato com animal silvestre, a melhor atitude é ligar para os órgãos responsáveis. A onça respeita o ser humano como predador, mas se for acuada ou provocada, pode reagir”, conclui.


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