Quem é “Esquerdogata”, presa após ofensas racistas contra policiais
Ela passou por audiência de custódia e responderá em liberdade provisória

A influenciadora digital Aline Bardy Dutra, 45 anos, conhecida nas redes sociais como “Esquerdogata”, foi presa em flagrante no sábado (25), em Ribeirão Preto (SP), acusada de cometer ofensas racistas contra policiais militares durante uma fiscalização de trânsito. Ela passou por audiência de custódia e responderá em liberdade provisória.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os agentes foram desacatados pela influenciadora, que também teria oferecido resistência durante a abordagem, momento em que proferiu as ofensas de cunho racial.
Aline Dutra foi conduzida à delegacia e, após a audiência de custódia, a Justiça determinou que ela cumpra medidas cautelares. As condições incluem recolhimento domiciliar noturno e a obrigação de comprovar, a cada 60 dias, que está realizando tratamento psiquiátrico.
Com mais de 870 mil seguidores no Instagram, "Esquerdogata" publica conteúdos de ativismo político e contestações a adversários ideológicos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
De acordo com informações da Folha de S. Paulo e da CNN Brasil, a influenciadora, que é filiada ao PT desde maio de 2022, filmava a abordagem policial enquanto proferia os insultos.
O que diz a defesa da influenciadora “Esquerdogata”
Em nota, a defesa de Aline afirmou que ainda não teve acesso ao vídeo completo do ocorrido. Também alega que a influenciadora está “se recuperando e se sentindo constrangida”, e que está abalada emocionalmente e que pede desculpas aos ofendidos. Confira a nota:
“A defesa técnica da influenciadora Aline ainda não teve acesso ao vídeo completo, bem como de todo o contexto da lamentável ocorrência envolvendo sua cliente e policiais em Ribeirão Preto, na última sexta-feira.
Aline se encontra em casa se recuperando do incidente, sentindo-se muito constrangida com todo o ocorrido.
Segundo ela os excessos foram cometidos em decorrência do uso social de álcool logo após ter se utilizado de medicamentos de uso controlado, somados ao pânico que lhe é provocado pela conduta, muitas vezes excessiva da polícia militar do estado de São Paulo.
Contudo, ela não se exime da necessidade de pedir desculpas ao policial e a quem mais ela se dirigiu de forma hostil.
Aline, sinceramente, deseja busca-lo para pessoalmente se desculpar.
Ela acredita ser esta sua obrigação humana, no mínimo.
A Aline, em virtude da medicação usada naquele dia, não se recorda de nada do acontecido, mas se encontra emocionalmente devastada pelo que viu no vídeo divulgado.
Assim, Aline reconhece que deve desculpas pelos excessos, pelos erros e pelo modo que agiu, pois eles não representam nem o seu pensamento e muito menos a sua história de luta por igualdade, respeito humano e social.
Ela, sinceramente, pede desculpas para aqueles que ela ofendeu e também para todos os seus seguidores.”
