Pen drive com material inédito de Marília Mendonça gera atrito
Entre os itens do acervo estão registros de lives e um pen drive com arquivos inéditos, que provocou atrito entre as partes envolvidas

A cantora Marília Mendonça morreu em novembro de 2021, em um acidente aéreo enquanto viajava para Minas Gerais para um show. Ela deixou uma carreira breve, mas marcada por um legado imenso que transformou a música brasileira e ainda guarda muitas surpresas para os fãs. Entre os itens do acervo estão registros de lives e um pen drive com arquivos inéditos, que provocou atrito entre as partes envolvidas na administração de seu legado.
Segundo Wander Oliveira, empresário e fundador da Workshow, responsável pela carreira de Marília, o acervo da artista é extenso e permitirá lançamentos por anos. “A ideia é trabalhar 10 músicas por ano. Temos material para 20 anos, com folga”, afirmou ao G1.
Desde o acidente que matou Marília Mendonça em 2021, o acervo deixado pela cantora está nas mãos da família, que inclui a mãe de Marília, Ruth Dias, e o cantor Murilo Huff; da Som Livre, que, por meio de um contrato assinado em 2019, detém os direitos de exploração comercial de todo o material produzido em vida; e a Workshow, que sempre gerenciou a carreira da famosa.
Pen drive
Entre os itens do catálogo da artista, há um pen drive contendo materiais caseiros de Marília Mendonça, compilados por Juliano Soares, melhor amigo e principal parceiro de composição da cantora. Segundo Wander Oliveira, o dispositivo reúne entre 100 e 110 arquivos, incluindo ideias de músicas, gravações em voz e violão, interpretações de composições próprias e de outros artistas, entre outros registros.
Esse acervo se tornou motivo de atrito entre as partes responsáveis pela administração do legado da famosa. "Eu não achava que deveria ser meu ou de qualquer pessoa, que não fosse o Léo, o que tem nesse pen drive", disse Wander ao portal. O empresário afirmou ter transferido sua parte nos direitos desses arquivos para o espólio, que será administrado pelo filho de Marília quando ele atingir 18 anos.
"Para mim, o pen drive pertence ao Léo. Eu gostaria que, no momento em que ele tivesse entendimento, fosse entregue para ele, para fazer o que quiser. Isso é a história da mãe dele", argumentou. "Então, ficou entendido que os meus 50% seriam doados para o espólio. Mas, duas semanas depois, o advogado da família estava na Som Livre negociando o pen drive", concluiu Wander.
No momento, contudo, as negociações sobre os arquivos estão interrompidas. O advogado da família, Robson Cunha, explicou a razão: “O Murilo obrigatoriamente precisa assinar todos os contratos que envolvem o Léo, o que ainda não aconteceu. Mas acredito que em breve deve acontecer, e aí nós teremos novos lançamentos da Marília.”
Procurados pelo G1, o cantor Murilo Huff e Ruth Dias, mãe de Marília, não se manifestaram. Em nota, a Som Livre declarou ser a gravadora exclusiva do repertório musical de Marília Mendonça e responsável por qualquer lançamento futuro da artista.
Informações: Revista Caras
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