Overdoses e orgias: julgamento de P. Diddy é marcado por tensão

O julgamento do rapper e produtor Sean Combs, conhecido como P. Diddy, começou nesta semana com depoimentos de Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que acusa o músico de uma série de abusos físicos, psicológicos e sexuais durante os cerca de 10 anos em que mantiveram um relacionamento.

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Em seu depoimento, Cassie afirmou que era agredida com socos e chutes na cabeça, além de sofrer ameaças constantes. Ela também relatou ter sido forçada a participar de atos sexuais com desconhecidos e frequentar festas sexualizadas, conhecidas como "freak offs", envolvendo drogas e a contratação de profissionais do sexo por valores elevados.

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Entre os episódios relatados, um dos que mais repercutiram foi a suposta reação violenta de P. Diddy ao descobrir o envolvimento de Cassie com o rapper Kid Cudi. Segundo ela, ele chegou a chantageá-la com vídeos íntimos e ameaçou divulgar o conteúdo em uma festa. O ator Michael B. Jordan também foi citado; em 2015, um breve relacionamento entre ele e Cassie teria provocado perseguições e intimidações por parte de Combs.

A defesa do empresário tenta desacreditar as acusações por meio de mensagens trocadas entre os dois, alegando que Cassie demonstrava entusiasmo em relação aos encontros sexuais e festas. Os advogados sustentam que P. Diddy levava um estilo de vida "swinger", e não criminoso.

Cassie também relatou um episódio de 2012 em que Combs teria sofrido uma overdose de analgésicos após uma sequência de festas, incluindo eventos em clubes de sexo e na Mansão da Playboy, em Los Angeles.

Promotores pediram urgência na conclusão do interrogatório de Cassie, alegando que ela pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento, o que poderia comprometer o andamento do processo.

O julgamento deve continuar nas próximas semanas, com novos depoimentos e revelações envolvendo celebridades, festas e denúncias de abuso.