Modelo do Onlyfans reclama que não cabe em aviões. Quais as regras?

Uma influencer gerou repercussão recentemente ao reclamar dos assentos de aviões. Mais especificamente, do tamanho deles. A modelo Gracie Bom publicou vídeos em suas redes sociais pedindo para que as empresas criassem assentos maiores. Ela diz não caber nas poltronas.

Comentários atacaram a modelo, dizendo para ela comprar um avião só para ela e que o tamanho do bumbum era uma escolha dela, e não um problema das aéreas. Como resposta, ela disse em um vídeo que "é 2024", que "os corpos estão mudando" e que não iria "perder a bunda para caber em um avião".

Quais os direitos?

A Anac, por meio da resolução 280, delimita quais são os tratamentos aos PNAEs (Passageiros com Necessidade de Assistência Especial) em voos. Embora não haja uma regra específica para obesos ou pessoas com medidas corporais fora dos padrões, caso o passageiro tenha sua mobilidade reduzida pode se enquadrar nesses casos. Entretanto, será preciso comprovar a condição para o setor médico das companhias.

Em situações nas quais será necessário comprar um assento adicional, a empresa aérea pode cobrar até 20% do valor do bilhete aéreo já adquirido pelo passageiro pela segunda poltrona. Fora dessas situações, não há a obrigatoriedade do desconto pela poltrona extra.

Mesmo que não seja o caso de se enquadrar como PNAE, o viajante tem direito a um cinto extensor. O uso desse item não pode ser cobrado, e recomenda-se solicitá-lo com antecedência para a empresa aérea.

Ainda, é preciso ficar atento às regras de cada companhia. Em alguns aviões, quem ficará sentado nas fileiras das saídas de emergência não poderá usar o esse extensor pois, em caso de uma evacuação da aeronave, o cinto pode cair no chão e enroscar nos passageiros, causando mais problemas em uma situação na qual o tempo é fundamental para que todos saiam vivos.

Quais as regras das empresas aéreas?

Cada companhia tem uma regra que deve ser consultada antes de voar. Aqui vamos falar de quem não se enquadra como passageiros com necessidade de assistência especial.

Azul

A empresa vende assento extra para quem precisa de mais espaço, deseje mais privacidade ou queira mais conforto no voo. É cobrada uma nova tarifa referente ao valor da poltrona selecionada, mas deverá ser feito o pagamento de apenas uma taxa de embarque.

A venda é feita por meio da central de atendimento e diretamente no aeroporto.

Gol

Quem precisar de mais espaço deve comprar um assento extra. Para a segunda poltrona, não será cobrada taxa de embarque.

A empresa recomenda que qualquer atendimento especial seja solicitado com antecedência para melhorar o fluxo de atendimento. Caso não seja possível, diz a empresa, seus "colaboradores a oferecerem auxílio de maneira proativa, respeitosa e discreta".

Latam

Caso o passageiro tenha comprado uma passagem em uma classe tarifária que permite a reserva de assento, ele poderá solicitar um assento adicional ao seu lado. Ele deve ser solicitado até 48 horas antes da saída do voo.

Air France

A companhia francesa orienta passageiros com "corpulência elevada" a reservarem um assento extra para a viagem, que terá 25% de desconto. Se o voo for na classe econômica e sobrar algum lugar no avião além do assento extra na respectiva categoria de poltrona, a Air France reembolsa o valor integral da passagem extra paga.

Se o voo estiver lotado e não for possível que o passageiro ocupe apenas um assento, o transporte poderá ser recusado. Segundo a empresa isso se deve a motivos de segurança. A companhia ainda recomenda o uso do seu serviço especial para pessoas que necessitam de assistência especial, o Saphir.

KLM

A empresa determina que, para que o voo seja confortável, os descansos de braços devem subir e descer livremente. Se for preciso comprar um assento extra, ele terá um desconto de 25%.

Com informações: UOL