Marcelo de Carvalho é acusado de racismo após post polêmico
O apresentador contou que o irmão de seu filho havia sofrido um assalto e disse que o autor era “um sujeito de aparência africana”

O apresentador e vice-presidente da RedeTV!, Marcelo de Carvalho, foi alvo de críticas nas redes sociais, nesta terça-feira (15), após um comentário considerado racista ao relatar um assalto sofrido por seu filho mais velho em Barcelona, na Espanha. A publicação foi feita no X, antigo Twitter, mas apagada horas depois diante da repercussão negativa.
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No post, Marcelo descreveu o autor do crime como “um sujeito de aparência africana” e associou o episódio à presença de imigrantes no continente europeu. “Obviamente um sujeito de aparência africana, dos milhões que a Europa deixou entrar, deu uma trombada nele, arrancou o celular e saiu correndo”, escreveu o empresário.
Na mesma publicação, o apresentador também afirmou que “ao invés de salvar, os muçulmanos africanos vão acabar com a Europa”. A fala provocou reações imediatas de usuários da plataforma e de entidades que combatem o racismo e a xenofobia.
Após a repercussão, Marcelo de Carvalho apagou o post e publicou um novo texto em tom de justificativa. No pronunciamento, ele afirmou que não se tratava de preconceito, mas de uma constatação sobre o que chamou de “crise migratória na Europa”. O vice-presidente da RedeTV! declarou ainda que “todos os governos reconhecem o problema, independente de ideologia” e criticou ONGs e grupos que, segundo ele, “travestidos de ajuda humanitária contribuem com o caos”.
“O que disse foi apenas uma descrição objetiva dos fatos, sustentada por dados, ocorrências policiais e testemunhos. Negar essa realidade por medo do politicamente correto não protege os cidadãos nem os migrantes honestos que tentam se integrar”, escreveu.
A fala do empresário, no entanto, continuou sendo criticada por reforçar estereótipos e associar a criminalidade à origem dos migrantes. Especialistas e entidades ressaltaram que o discurso contribui para a disseminação do preconceito e para a estigmatização de comunidades inteiras, especialmente africanos e muçulmanos que vivem na Europa.