Esposa de Bruce Willis revela que o ator não se comunica mais

A vida do lendário astro de Hollywood, Bruce Willis, conhecido por papéis inesquecíveis em filmes como "Duro de Matar", tomou um rumo inesperado e doloroso nos últimos anos. Diagnosticado com demência frontotemporal (DFT), o ator, de 70 anos, tem sua jornada de cuidado detalhada em um novo livro, "O Rumo Inesperado", escrito por sua esposa, Emma Heming Willis. A obra revela a tocante e desafiadora realidade enfrentada por Emma e suas duas filhas pequenas, Mabel, de 13 anos e Evelyn, de 11.

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Diagnóstico e solidão

Emma descreve o momento do diagnóstico de Bruce com a DFT como um "terreno desconhecido" onde se viu "sem mapa, sem bússola, sem qualquer senso de direção". A consulta médica, que ocorreu em fevereiro de 2023, ofereceu apenas "um panfleto" e a instrução de "voltarmos em alguns meses", deixando-a "desnorteada, apavorada" e sentindo-se profundamente sozinha. Antes de compreender a doença, Emma chegou a considerar o divórcio, atribuindo a "desconexão" e as mudanças no comportamento de Bruce a problemas conjugais. Ela sentiu que o casamento estava desmoronando, sem entender o que estava acontecendo com o marido. O alívio veio com o diagnóstico, a compreensão de que "não era meu marido, era a doença que estava tomando partes do cérebro dele".

Um lar separado para Bruce

Em um dos relatos mais comoventes de seu livro, Emma revelou a "decisão mais difícil" que tomou: transferir Bruce para uma residência separada, térrea e mais acessível, com uma equipe de profissionais. O objetivo é proporcionar um ambiente mais adequado para ele e, crucialmente, proteger suas filhas. A medida, embora dolorosa, é vista como "necessária" para "prepará-las para a morte dele". Emma reconhece a dureza dessa perspectiva, afirmando: "Eu sei o quanto isso soa sombrio e chocante, mas essa é a dura realidade do mundo que eu preciso enfrentar para continuar protegendo nossas filhas da melhor forma possível". A expectativa de vida para pessoas com demência frontotemporal é de sete a treze anos após o início dos primeiros sintomas.

Perda da comunicação

A rotina de Emma é um constante "olho do furacão", marcada por "preocupação, medo e ansiedade", sempre "se preparando para a próxima notícia ruim". A doença avançou a ponto de Bruce não conseguir mais se comunicar, deixando Emma responsável por "absolutamente todas" as decisões relacionadas a ele. A ausência de conversas significativas amplifica essa sensação de isolamento. Apesar da carga emocional, que ela descreve como um "pesadelo" em alguns dias, Emma aprendeu a conviver com esses sentimentos e encontrou esperança. Em 2022, a família de Willis havia anunciado que ele foi diagnosticado com afasia, uma condição que causa a perda da capacidade de compreender ou expressar a fala, antes do diagnóstico mais específico de DFT.

Outros cuidadores

Com a intenção de transformar sua experiência em um "mapa" para outros, Emma escreveu o livro para compartilhar o que aprendeu e oferecer "orientação, conforto e a orientação que eu gostaria de ter tido no início". Ela enfatiza a verdade muitas vezes surpreendente para cuidadores: o mais importante que se pode fazer pela pessoa amada é cuidar de si mesmo. Reconhecendo sua "posição privilegiada" por ter "ajuda profissional", Emma faz questão de frisar que "cuidar é cuidar", e a carga emocional permanece, independentemente do apoio externo. Ela busca mudar a narrativa, promovendo compaixão e apoio mútuo entre cuidadores, em vez de comparações ou competição. Além de Mabel e Evelyn, Bruce Willis também é pai de Rumer, de 37 anos, Scout, de 34 e Tallulah, de 31, frutos de seu casamento anterior com a atriz Demi Moore.

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Amor e resiliência

Apesar da separação física, Emma garante que o "laço familiar permanece forte". Sua jornada, embora repleta de dor e desafios, é um testemunho de amor incondicional e resiliência, buscando honrar Bruce e, ao mesmo tempo, oferecer uma luz para tantos outros que percorrem "o rumo inesperado" do cuidado familiar.