Entenda a batalha contra o câncer até a morte de Preta Gil

A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela família. Ela estava em tratamento contra um câncer no intestino desde janeiro de 2023.

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Após o diagnóstico inicial, Preta passou por quimioterapia, radioterapia e uma cirurgia no Brasil. Em agosto de 2023, teve o tumor removido e também passou por retirada do útero. Recebeu alta 28 dias depois e se mudou temporariamente para São Paulo, onde permaneceu sob acompanhamento médico.

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Em dezembro do mesmo ano, anunciou que estava livre de células cancerígenas e entrou em processo de remissão. No entanto, em 2024, exames de rotina revelaram o retorno da doença em quatro regiões do corpo: dois linfonodos, o peritônio e o ureter. Após nova quimioterapia, sem os resultados esperados, Preta foi submetida a uma cirurgia de 21 horas em dezembro, considerada bem-sucedida. Ela teve alta dois meses depois e retomou o tratamento com medicamentos.

Em maio de 2025, Preta seguiu para os Estados Unidos em busca de novas alternativas. Instalou-se em Nova York e passou a viajar a Washington para participar de um protocolo experimental em um centro especializado. A previsão era que o tratamento durasse até agosto, quando seriam feitos novos exames.

Linha do tempo do tratamento:

• Janeiro de 2023: diagnóstico de câncer no intestino (adenocarcinoma) após internação com desconforto abdominal.

• Agosto de 2023: cirurgia para retirada do tumor e do útero, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

• Dezembro de 2023: anunciou que o corpo estava livre de células cancerígenas.

• Início de 2024: exames detectaram retorno do câncer em quatro locais: linfonodos, peritônio e ureter.

• Dezembro de 2024: nova cirurgia de 21 horas para retirada dos tumores.

• Fevereiro de 2025: teve alta e continuou com quimioterapia.

• Maio de 2025: viajou aos EUA para tratamento experimental.

Tipo de câncer

Preta tratava um adenocarcinoma, tumor maligno que afeta principalmente a parte final do intestino grosso. É o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama. Quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura, mas casos metastáticos apresentam prognóstico mais restrito.

Uso da bolsa de ileostomia

Após a cirurgia de 2023, Preta usou uma bolsa de ileostomia, dispositivo necessário quando há desvio do trânsito intestinal. A cantora compartilhou com os seguidores que não tinha vergonha da bolsa, a qual considerava fundamental para sua recuperação.

“A cura é um processo”, afirmou na época, explicando que seguiria com reabilitação e hábitos saudáveis para evitar a reincidência da doença.

Retorno da doença

Mesmo após o anúncio da remissão, a artista confirmou em 2024 que o câncer havia voltado. Os novos focos exigiram reinício do tratamento com quimioterapia e, posteriormente, nova cirurgia. A equipe médica buscou abordagens mais avançadas com medicamentos em fase experimental nos EUA.

Preta Gil deixa um legado na música brasileira e um histórico público de enfrentamento do câncer com transparência e coragem. A família informou que divulgará detalhes sobre o velório e cerimônia de despedida nos próximos dias.