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Milhares de fiéis acompanham celebrações dedicadas à Santa Rita de Cássia 

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Milhares de fiéis acompanham celebrações dedicadas à Santa Rita de Cássia 
AutorFoto: Reprodução

Milhares de fiéis acompanharam as celebrações dedicadas à Santa Rita de Cássia, padroeira de Lunardelli. Romeiros de toda região foram até o Santuário neste domingo (19).  O dia de Santa Rita é comemorado em todo 22 de maio.

A festa dedicada a Santa, teve início no dia 5 de maio, com missas que irão acontecer em todos os domingos, até o dia 9 de junho. A novena já começou no dia 13 deste mês e segue até o dia 22 e marca o ponto mais alto das comemorações em Lunardelli. 

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A expectativa é receber aproximadamente 50 mil visitantes de todo Paraná. Com obras em andamento, a capacidade do Santuário foi ampliada de 500 para 2,5 mil pessoas sentadas. 

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Roccaporena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanida de sofredora.

Trajetória da Vida Religiosa

Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres. Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. As irmãs, porém, estavam em duvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.

Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita. Ela abriu a porta e estavam ali, São Francisco, São Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, onde a porta do convento estava sempre fortemente trancada e os seus muros eram como os de uma fortaleza. 

Todavia, certo dia, ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando sem que ninguém a houvesse colocado para dentro e estando a porta do mosteiro ainda fechada.

As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasmas com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus quem a destinava à vida religiosa, a receberam-na. 

No mosteiro, Santa Rita mostrou-se servidora e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Continuou sempre a sair para visitar os enfermos e os pobres. Como todo e qualquer santo, enfrentou dificuldades e tentações, mas a tudo superou com a força da fé.  Santa Rita sempre esteve consciente de que obedecendo à superiora, obedecia a Jesus.

Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas.  

 A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca – depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus. Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão de Nosso Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacando com grande velocidade a feriu tão profundamente sua fronte que e ela desmaiou. 

Ao acordar, tinha uma ferida na testa que não cicatrizava. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; mas tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Santa Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo. 

O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Santa Rita. Muitos iam até ela e pediam a sua intercessão em vários assuntos; todos eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região. 

Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias – perdão de todos os pecados – mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. 

Então, diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Nosso Senhor Jesus Cristo que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares. A viagem foi difícil, sendo em parte feita a pé. Santa Rita, contudo, em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão.

Aos poucos a saúde de Santa Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.

No leito de morte, uma parente de Santa Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se a santa queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Mas decidiu atender o pedido e foi em sua antiga casa. Chegando em sua vila, a surpresa: milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A senhora então a colheu e levou para Santa Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade. 

Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento.  Nessa hora, mãos invisíveis fizeram soar os sinos do convento e da vila de Cássia, entoando o hino triunfal daquela que viveu e morreu no fiel cumprimento da vontade de Deus. Muitos milagres acompanharam sua morte. Na cela onde faleceu, apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume se fez sentir em todo o mosteiro. A ferida do espinho, antes de aspecto repugnante, tornou-se cheia de brilho, limpa e da cor do rubi. Centenas de pessoas compareciam ao convento para ver a “santa” cujo cadáver ficou em exposição além do tempo de costume. 

As religiosas trataram de sepultar-lhe o corpo, mas em toda a cidade só se encontrou um carpinteiro, tão doente que não podia manejar as ferramentas. – Que a Santa me cure – disse ele -, e eu lhe farei o caixão. De fato, Francesco Barbari sentiu-se repentinamente curado e cumpriu a promessa. As irmãs entoavam hinos de agradecimento a Deus por ter exaltado no céu e na terra sua serva. Rita foi venerada como santa imediatamente após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex Miraculorum, documentos de 1457 e 1462.

São muitas as pessoas que visitam a capela onde Santa Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas. 

A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem à Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela. 

Santa Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.Milhares de fiéis acompanharam as celebrações dedicadas à Santa Rita de Cássia, padroeira de Lunardelli. Romeiros de toda região foram até o Santuário neste domingo (19).  O dia de Santa Rita é comemorado em todo dia 22 de maio.


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