Polícia encontra seis carros adulterados na chácara do pai de Eduarda
Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline
Seis carros que estavam com indícios de adulteração foram
apreendidos por policiais civis e militares durante buscas numa chácara da família da menina Eduarda Shigematsu de Rolândia.
A polícia esteve na chácara, na casa da família e realizou buscas em um ferro velho, localizado na BR-369, que é do pai de Eduarda.
Um exame do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a criança, que tinha 11 anos, morreu por esganadura, o laudo apontou que a garota teve vários ossos do pescoço quebrados.
Ainda de acordo com as informações, o carro usado para levar o corpo de Eduarda teria sido furtado em Londrina. A situação está em andamento, em breve mais detalhes.
O pai da menina de 11 anos encontrada morta no domingo (29), em Rolândia, confessou ter ocultado o corpo da filha. De acordo com a Polícia Civil, Ricardo Seidi disse ter encontrado Eduarda Shigematsu enforcada em seu quarto, e por desespero, decidiu enterrar o corpo no quintal de uma propriedade da família. Ainda conforme a polícia, a avó, que tinha a guarda de Eduarda, já sabia sobre a morte da neta quando registrou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. Exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina, divulgado pela polícia nesta segunda-feira (29), aponta que a menina morreu por esganadura, e não enforcamento, como disse o pai de Eduarda, em depoimento.
Durante coletiva de imprensa o delegado Ricardo Jorge Rocha Pereira Filho, chefe da 22ª Subdivisão Policial (SDP) de Arapongas, a qual pertence a delegacia de Rolândia, disse que Seidi demonstrava muita frieza ao falar sobre o sumiço da filha, ocorrido na última quarta-feira (24).
"Ricardo estava bastante frio durante o depoimento, sempre falando que a filha queria fugir e que dava muito trabalho. Já a avó estava bastante nervosa, falando que a menina havia levado objetos da casa com ela", comenta.
O delegado explica que os pais de Eduarda estão divorciados e a mãe mora em São Paulo. A guarda da menina estava com a avó paterna que morava no mesmo imóvel que o filho.
Segundo o delegado, a mãe de Eduarda veio para Rolândia após receber a notícia do desaparecimento. Durante a investigação, vizinhos de uma casa desocupada na Rua Manoel Carrera Benardino, centro da cidade, avisaram a polícia sobre barulhos estranhos. A polícia descobriu que Seidi é o dono do imóvel e foi vistoriar o local. Os policiais notaram que, aos fundos da casa, uma parte do concreto estava quebrado e a terra havia sido remexida recentemente e decidiu escavar.
"Encontramos o corpo e o pai da criança era o único que tinha acesso ao local. No interrogatório formal, ele confessou a ocultação do cadáver, mas não confessou o homicídio", conta o delegado.
O delegado afirma que o boletim de desaparecimento foi registrado pela mãe de Seidi e que ela já sabia sobre a morte da neta. "Temos informações de que a avó sabia que a neta estava morta e não comunicou a polícia sobre o fato. Mãe e filho prejudicaram a polícia que passou todo esse tempo com esperança de localizar Eduarda com vida", disse o delegado.
Durante as buscas, Seidi chegou a publicar um pedido para que as pessoas ajudassem com informações sobre a filha, em sua página no Facebook.
O corpo de Eduarda foi encontrado com os pés e mãos amarrados e com um saco na cabeça. Conforme o delegado, o exame preliminar do IML indica que trata-se de um homicídio qualificado, porque a menina foi vítima de esganadura e não de enforcamento.
A polícia disse que mais testemunhas serão ouvidas, no intuito de colher mais provas.
Últimas em Região
Mais lidas no TNOnline
Últimas do TNOnline