Mais de 10 mil inscritos farão o Enem neste domingo na região
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Amanhã, 10.891 pessoas, em especial estudantes do 3º ano do ensino médio, participam da primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado a porta de entrada para várias universidades brasileiras, em cinco municípios da região. No ano passado, o número de inscritos foi maior, 16.318. A redução de 33% nas inscrições segue a tendência do Estado, que é de 31%. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a queda de participantes é consequência do Enem ter deixado de certificar o Ensino Médio.
Por outro lado, quem fez a inscrição de olho numa vaga universitária tem apostado em longas horas de estudo, para conseguir uma boa nota nas provas. Um exemplo é o estudante de escola pública Igor Gabriel de Aguiar, de 17 anos, que sonha com uma vaga num curso de Medicina. Desde agosto, o tempo dedicado aos estudos gira em torno de dez horas por dia. “De manhã, eu vou para o colégio, à tarde aproveito para estudar em casa e à noite venho para o cursinho. É bem cansativo, mas vai valer a pena”, revela.
Assim como Igor Gabriel, a também estudante de escola pública Isabela Vicente, 17 anos, planeja conquistar uma vaga no curso de Medicina. “Estou bem confiante. Desde agosto, eu comecei a estudar cerca de 10 horas por dia. No ano passado eu fiz o Enem para treinar. Acredito que isso vai me dar mais tranquilidade na hora de fazer a prova este ano”, espera.
Diferente, de Isabela e Igor Gabriel, o estudante Carlos Daniel Santana, 17 anos, quer conquistar uma vaga no curso de Geografia. “Eu quero uma vaga numa universidade pública ou uma bolsa numa universidade particular, através do Prouni (Programa Universidade para Todos) ”, planeja.
Em comum, todos os estudantes garantem que hoje, na véspera da prova, a rotina vai ser um pouco diferente, longe dos livros e voltada ao descanso. Aliás, descansar antes da prova também deve fazer parte do roteiro de estudos, segundo o professor e coordenador do cursinho do Colégio Platão, de Apucarana, Osvaldo Massaji Ohya. “O Enem é uma prova diferenciada, que exige que o aluno esteja bem preparado tanto fisicamente, quanto mentalmente”, diz.
Essas condições, na avaliação de Ohya, são essenciais para o participante conseguir raciocinar, para solucionar a prova. “Uma leitura atenta é imprescindível, porque a resposta muitas vezes está no próprio enunciado”, comenta.
O professor de Química, Paulo Vaz, que esteve à frente de aulas preparatórios para o Enem no Colégio Estadual Nilo Cairo, de Apucarana, também orienta os participantes prestarem muita atenção no texto. “Uma boa interpretação de texto é a base para resolver, inclusive, questões na área de exatas”, observa.
As provas começam amanhã, às 13h30, e o término ocorrerá às 19 horas. No próximo domingo, dia 12, as provas começaram às 13h30 e o término será às 18 horas.
Professor ressalta alguns cuidados na hora da redação
Amanhã, os participantes do Enem vão fazer as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e a temida Redação. Para ajudar nesta difícil tarefa, que é eliminatória, o professor de Língua Portuguesa Pedro Zumas, do Colégio Platão, revela alguns cuidados básicos na hora de escrever um texto dissertativo-argumentativo, que deverá ser modalidade pedida novamente.
Para um bom resultado na prova de redação do Enem, o professor avalia que é importante respeitar algumas competências. A primeira delas é demonstrar domínio da norma culta. “Deve mostrar que sabe escrever em Português, obedecendo àquilo que diz a gramática – fugir da linguagem do dia a dia, do coloquial”, observa.
Na sequência, ter uma boa compreensão da proposta faz a diferença. “O candidato deve mostrar que entendeu o que foi pedido – uma fuga é zero na certa. Para isso, é essencial selecionar e relacionar argumentos”, ressalta.
De acordo com o professor, como se trata de um texto dissertativo-argumentativo, tem de comprovar com argumentos a defesa das ideias. “É imprescindível também conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação, “amarrando” os parágrafos e as ideias neles contidas”, diz.
E, por fim, segundo Zumas, deve elaborar a proposta de solução para o problema. “Não deixe a informação no ar. A solução tem de aparecer no último parágrafo”, frisa.
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