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Padres discutem construção de hidrelétrica no Rio Ivaí

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Padres discutem construção de hidrelétrica no Rio Ivaí
Autor Padres discutem construção de hidrelétrica no Rio Ivaí - Foto: Ivan Maldonado - Foto: Reprodução

Padres do decanato sul da Diocese de Apucarana durante reunião mensal, ontem (28), no Porto Ubá, na cidade de Lidianópolis, discutiram ontem (28) possíveis impactos ambientais e sociais, caso uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) seja construída no Rio Ivaí.  Também participaram da reunião representantes do Ministério Público Estadual (MPE), da UEM, diáconos, pescadores, e associados da Patrulha Ambiental do Rio Ivaí.

O tema entrou em discussão, após uma empresa de Santa Catarina mostrar interesse na construção nas divisas dos municípios de Jardim Alegre e Grandes Rios. O empreendimento hidrelétrico PCH Coqueiro. A pequena usina já tem o registro de intenção de outorga da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O empreendimento, tem previsão de potência instalada de 28,1 MW e área de reservatório de 259 hectares, sendo 180 hectares do próprio leito do rio e 79 ha. fora do leito. Conforme o projeto básico, a barragem poderá ser construída há seis quilômetros abaixo da balsa do Marolo, o reservatório terá extensão de aproximadamente oito quilômetros.

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Conforme padre Geraldino Rodrigues, coordenador da ação evangelizadora da Diocese de Apucarana faz parte do decanato Sul, as paróquias dos municípios de Ivaiporã e do distrito de Jacutinga, Jardim Alegre, Lidianópolis, Lunardelli, Godoy Moreira, Ariranha do Ivaí e Arapuã, ele relata que a reunião teve como finalidade aprofundar o debate sobre o assunto. “É um tema polêmico que ainda gera dúvidas, alguns acham que é bom para a região outros não”.

Segundo padre Geraldino, a diocese pretende se pronunciar sobre a construção da PCH no Rio Ivaí. “Foi o próprio Dom Celso que marcou essa reunião, mas por motivos de saúde da mãe dele que foi internada, ele não pode participar.  Hoje, possivelmente não saía nada de concreto. Pretendemos ouvir também as questões técnicas e as comunidades. Quando esgotadas todas as conversas, o bispo pretende se pronunciar”, comenta padre Geraldino.

Para o padre Célio Tarozo, do Santuário Santa Rita de Cássia, de Lunardelli, diz que a discussão sobre o tema é importantíssimo, pois os padres também tem dúvidas sobre o assunto. “A gente quer se aprofundar neste assunto porque também é duvidoso para nós. Entendendo mais o assunto, poderemos orientar melhor as pessoas, pois também somos formadores de opiniões”.

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Ministério Público

O promotor da comarca de Ivaiporã, Carlos Eduardo de Souza explanou os possíveis impactos ambientais e sociais na construção de uma barragem. “Qualquer tipo de empreendimento gera um impacto ambiental. Nesse caso especifico, pelos estudos que nós temos, o impacto ambiental e social é muito gravoso para a sociedade local”.

Ainda segundo o promotor, é um investimento extremamente rentável para o investidor e não tão rentável para a sociedade. “Por isso, procuramos em cada lugar onde tem essa proposta de construção de barragens, estarmos juntos com a população. Para conscientizá-la desse risco ambiental e também desse impacto social negativo”, enfatiza Souza.

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Com relação aos impactos ambientais, Souza destaca, o barramento do rio, a qualidade da água que fica comprometida, problemas com a piracema, dentre outros. “Já o impacto social, é no seguinte sentido. O empreendedor sempre vem prometendo empregas e renda para o município. Mas, se comparado com outras soluções ambientais, o que é prometido pelo empreendedor fica muito aquém daquilo que nós temos como alternativa para trazer mais renda para o município, com práticas ambientais sustentável”.

Como exemplo de alternativa sustentável, o promotor cita a criação de áreas de preservação ambiental. “Tudo isso, gera um retorno maior até que a construção da barragem. Sem contar que com as construção dessas barragens, vem trabalhadores de outras regiões e já está comprovado, que nesses locais onde se tem grandes empreendimentos, aumenta as doenças infecto contagiosas, e até doenças sexualmente transmissíveis. Muito provavelmente podem ocorrer casos de exploração sexual. Então nós temos uma grande preocupação com esse custo ambiental e social t”, completa Souza.

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