Policiais permanecem de plantão na 54ª DRP para evitar fuga de presos

Mais uma tentativa de fuga na cadeia da 54ª Delegacia Regional de Polícia (54ª DRP) de Ivaiporã foi frustrada pela Polícia Civil e agentes de cadeia noite de ontem (19). Os presos cavavam um túnel que daria acesso a sala de autopsia do Instituto Médico Legal, na Rua Emilio de Menezes. Caso não houvesse a intervenção, diversos detentos teriam ganhado a liberdade forçada. Pelo menos 8 policiais militares, quatro agentes de cadeia e dois investigadores permaneceram no local durante a noite para evitar a fuga em massa.

 De acordo com a investigadora Micheli Torrejais, a tentativa de fuga foi descoberta no final da tarde de ontem. Segundo ela, os presos já vinham sendo monitorados desde a semana passada. “Hoje (ontem) de manhã começamos a ouvir barulhos de escavação e localizamos o local, na sala de autopsia do IML. Fizemos um buraco com uma furadeira e percebemos que o túnel tinha pelo menos dois metros de profundidade”, relata.

A sub chefe dos agentes de cadeia de Ivaiporã, Cleonice Falqueveoz relata mesmo sendo descobertos os presos continuaram cavando. “À tarde nós cuidando do local, eles acenderam a luz no túnel e continuaram cavando. Em outras tentativas, quando eram descobertos “perderam” e param. Desta vez, eles continuaram persistindo”. A movimentação no túnel só foi encerrada por volta da meia noite.

Ainda segundo Cleonice  ontem mesmo foi enviado oficio para a PM e agentes da Seção de Operações Especiais (SOE), para  vistoria e concretagem do túnel que seria usado na fuga, o que deve ocorrer hoje. A carceragem abriga hoje aproximadamente 120 internos em espaço com capacidade para 32. Esta é a quarta tentativa de fuga registrada no ano na Cadeia de Ivaiporã.

O presidente do Conseg Jair Antônio Burato diz que cada tentativa de fuga gera gastos de recursos público que poderiam estar sendo empregados de outra forma. “Só nesse buraco serão pelo menos um dois caminhões de concreto usinado, isso aí custa caro. Só do ano passado para cá, já dava para reformar toda a cadeia, de tanto concreto que já foi despejado nesses buracos.”, completa Burato.