Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

Veja as diferenças dos relatórios dos EUA sobre o Brasil produzidos por Trump e Biden

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O governo dos Estados Unidos, do presidente Donald Trump, criticará o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades políticas no Brasil. A informação é do jornal americano The Washington Post. O Itamaraty foi procurado pelo Estadão, mas não havia se posicionado até a publicação desta matéria.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos é um órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Se o teor do relatório for confirmado, o governo Trump romperá com a análise sobre o Brasil durante os anos da gestão de Joe Biden. O governo do Partido Democrata avaliou o Brasil como uma democracia imperfeita.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Embora registrassem violações aos direitos humanos no Brasil, os relatórios da gestão Biden apontaram para a existência de instituições como um "judiciário efetivo" e um "sistema político democrático e funcional".

Segundo o The Washington Post, o relatório do governo Trump citará Alexandre de Moraes de forma nominal, acusando o magistrado de "suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro". Confirmado, o teor do documento contrariaria não apenas a gestão Biden, mas também os relatórios produzidos pela própria gestão de Donald Trump, durante seu primeiro mandato presidencial (2017-2021).

Os relatórios da gestão Biden não deixaram de registrar violações aos direitos humanos consideradas "graves". Os estudos, no entanto, não indicaram problemas relativos às instituições brasileiras em si, e sim quanto à aplicação das garantias legais.

publicidade

Os relatórios do Departamento de Estado são divulgados no ano subsequente ao período estudado. A edição divulgada em 2024, sob a gestão de Joe Biden, analisou o ano de 2023, incluindo também episódios ocorridos em 2022.

A edição de 2023 destacou problemas de segurança pública, além de "corrupção grave do governo". O relatório também registrou "violência extensiva baseada em gênero, incluindo violência doméstica ou íntima, violência sexual e feminicídios". Violências contra minorias, como pessoas LGBT, povos indígenas e afro-brasileiros, também foram consideradas como restrições graves aos direitos humanos,

Segundo o relatório, as eleições de 2022 "foram amplamente relatadas como justas e livres de abusos e irregularidades", com o respaldo, inclusive, de observadores internacionais. Embora justas e sem indícios de fraude, o relatório destaca que foram registradas na Justiça brasileira queixas de assédio eleitoral. Além disso, é citado o caso do aumento de blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O tema é julgado pelo STF na ação penal do núcleo que operacionalizou a tentativa de golpe de Estado.

publicidade

Também foram observados problemas na estrutura penitenciária do País, de "condições duras e com risco de vida". Por outro lado, houve destaque à violência policial. O relatório cita o caso de Genivaldo de Jesus Santos, torturado e executado por policiais rodoviários em junho de 2022.

Se o teor do relatório adiantado pelo The Washington Post for confirmado, Trump contrariará a análise adotada pelo Departamento de Estado durante seu primeiro mandato presidencial, entre 2017 e 2021. Nesse período, os relatórios também não indicaram falhas institucionais do regime político e jurídico do Brasil, embora registrassem problemas na aplicação dessas garantias legais.

"A lei oferece aos cidadãos a capacidade de escolher seu governo em eleições periódicas livres e justas realizadas por cédulas secretas e com base no sufrágio universal e igual", afirmou um trecho do relatório relativo ao ano de 2018. Em outro trecho, o documento de 2018 referiu-se ao sistema de Justiça brasileiro como "civil e independente", embora, "às vezes, esteja sobrecarregado e sujeito a corrupção, influência política e intimidação indireta".

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline