Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

União e PP formalizam federação e criam um novo partido já dividido

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O PP e União Brasil selaram aliança, nesta terça-feira, 19, com a assinatura que forma a federação partidária entre os dois partidos, chamada União Progressista. No dia da criação, o grupo expôs divisão sobre ser ou não oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) disse que a nova federação não é contra ou a favor do governo, os presidentes do União Brasil, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, disseram o contrário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

A oposição compareceu com volume e discursos críticos a Lula. Do grupo, discursaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e ainda houve pedido de aplausos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Presidenciáveis como Tarcísio e Caiado cogitam o apoio da federação. O União Progressista terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 cadeiras e no Senado Federal, com 15 parlamentares.

Além disso, a federação terá o maior número de governadores, no total são sete, e de prefeitos eleitos em 2024: foram 1.383. A federação também terá a maior fatia do fundo eleitoral (R$ 953,8 milhões, segundo valores de 2024) e do fundo partidário (R$ 197,6 milhões).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"A gente pode celebrar a junção de excelentes quadros. Eu como estrangeiro (Tarcísio é do Republicanos) nessa reunião quero dizer parabéns por esse passo e pode ter certeza que o Brasil conta com vocês", disse Tarcísio.

Enquanto Nogueira define o novo grupo como "oposição conservadora", ministros de ambas as legendas mantém os cargos na Esplanada. Caiado ainda cobrou uma posição clara da federação.

"Vamos desembarcar do governo o mais rápido possível", disse Ciro Nogueira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outras lideranças até preferem dizer que o União Progressista não é nem governo e nem base. "Não é um movimento de oposição e situação. Foi um movimento de política com 'P' maiúsculo com o olhar voltado para o futuro do Brasil", disse Alcolumbre.

O evento, realizado em Brasília, contou com a presença das principais figuras dos dois partidos e de outras legendas. Vieram, entre os ministros, André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo).

Além desses dois, o União Brasil tem outros dois indicados no governo Lula: Waldez Góes, da Integração, e Frederico Siqueira, da Comunicação. Integrantes do partido defendem que Góes e Siqueira não são exatamente indicações do União Brasil, mas de Alcolumbre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A nível pessoal, o próprio Fufuca disse que está com Lula. "Meu voto pessoal é dele (Lula)", disse.

Também compareceram, entre outros, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Nenhum petista veio.

Esse é o último passo até a formalização do grupo, a ser feita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há decisões ainda a serem tomadas rumo à disputa eleitoral em 2026. De um lado, alas do PP defendem maior alinhamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - já o União tem um pré-candidato para a disputa pela Presidência da República no próximo ano: o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

O próprio Caiado cobrou uma posição clara da federação. "Partido tem que ter rumo, partido tem que voz clara. É preciso que o partido lance candidato, tenha posição clara e que a posição é derrotar Lula na eleição de 2026. Não tem opção", disse.

Poucos minutos depois, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) pediu aplausos a Bolsonaro. Maior parte dos políticos presentes aplaudiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O cenário de indecisão pode render problemas no futuro em alguns Estados. Em lugares como Bahia ou Paraíba, o PP faz parte da base do governo estadual enquanto o União compõe a oposição e pretende disputar a eleição em 2026.

Essas decisões geralmente são tomadas pelos diretórios estaduais, mas tamanho o impasse, alguns desses diretórios ficarão vagos - caso da própria Paraíba.

O estatuto definido em convenção definiu que, em caso de conflito, a decisão em torno das candidaturas majoritárias estaduais será submetida a decisão do diretório nacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo o diretório nacional passa por uma disputa de forças - neste ano, a presidência será dividida entre os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União, Antônio Rueda.

Alguns deputados federais e estaduais admitiram ao Estadão que podem abandonar a federação a depender de como ficará a questão em seus Estados.

Sem definição, líderes do partido dizem que esperam até a janela partidária (período em que políticos podem trocar de partido sem perder o mandato), em abril de 2026, para fechar questão sobre o tema.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline