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Ramagem diz ao STF que deixou governo Bolsonaro antes de 'recrudescimento' golpista

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) disse em suas alegações finais no processo da tentativa de golpe que deixou o governo de Jair Bolsonaro (PL) em março de 2022, antes do período em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que houve "r

Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)

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Escrito por Pedro Augusto Figueiredo (via Agência Estado)
Publicado em 13.08.2025, 20:52:00 Editado em 13.08.2025, 21:03:01
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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) disse em suas alegações finais no processo da tentativa de golpe que deixou o governo de Jair Bolsonaro (PL) em março de 2022, antes do período em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que houve "recrudescimento" das ações golpistas. A defesa de Ramagem pede que esse fato seja levado em conta na hora de calcular sua pena, caso ele seja condenado.

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Ramagem, que deixou o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para se candidatar a deputado, integra o chamado núcleo crucial, ao lado de Bolsonaro, do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) e de outros cincos integrantes do primeiro-escalão do governo.

"Ocorre que a mesma acusação que narra esse recrudescimento a partir de julho de 2022, colocando Alexandre Ramagem como integrante de seu núcleo crucial, simplesmente esquece de mencionar que o réu se afastou do Governo Federal com um propósito muito claro, cuidar do planejamento de sua campanha eleitoral, da pré-campanha e da disputa em si", disse a defesa do parlamentar, protocolada na noite desta quarta-feira, 13, no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Ele responde pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado - a acusação relativa aos dois últimos crimes foram suspensas pelo STF até o fim do mandato de Ramagem por terem sido cometidos, em tese, após a diplomação dele como deputado federal.

A defesa de Ramagem argumenta ainda que todos os outros integrantes do chamado núcleo crucial faziam parte do governo Bolsonaro e das Forças Armadas em 2022.

"Em nenhum dos eventos narrados na denúncia no ano de 2022, em nenhum deles, frise-se, sequer há menção ao nome de Alexandre Ramagem Rodrigues. Sequer menção", dizem os advogados.

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Ainda segundo a peça, a acusação da PGR "fere a lógica" ao sustentar que Ramagem trabalhava para abolir as estruturas democráticas, pois isso impediria o funcionamento do Poder Legislativo para o qual ele acabara de ter sido eleito.

O prazo para a apresentação de alegações finais se encerra nesta quarta-feira, 13. Após esta etapa, o ministro Alexandre de Moraes poderá produzir seu relatório e solicitar uma data para o julgamento do processo na Primeira Turma do STF. Caberá ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Turma, oficializar a data. Contudo, o Estadão apurou que as sessões das terças-feiras do mês de setembro estão reservadas para tal.

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