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Polarização entre bolsonaristas e lulistas se reflete em avaliação sobre China e EUA, diz Nexus

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A polarização entre eleitores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reflete na avaliação de política internacional e comércio exterior, aponta pesquisa da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, divulgada nesta segunda-feira, 15.

Segundo o levantamento, os Estados Unidos têm imagem positiva para 72% dos bolsonaristas e negativa para 61% dos lulistas. No tocante à China, há uma inversão de preferências: enquanto o país asiático é aprovado por 51% dos eleitores da esquerda, a rejeição está em 49% por parte dos apoiadores do ex-presidente.

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"As visões de mundo lulista e bolsonarista são, de fato, duas visões distintas de mundo, de forma nítida e cristalina. Não se trata apenas de ideologias divergentes, mas de uma polarização que vai muito além das diferenças demográficas e sociais. A pesquisa da Nexus demonstra que a separação entre os grupos atinge os impressionantes mais de 40 pontos percentuais, uma variação que está muito fora da curva e evidencia uma clivagem maciça no pensamento", analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Dólar e Brics

Entre as maiores discórdias, está a continuidade da utilização do dólar norte-americano no comércio internacional ou a busca por alternativas à moeda dos EUA. Para 65% dos bolsonaristas, deve-se manter a manutenção da moeda norte-americana nas transações, enquanto 25% são favoráveis a novas opções. No campo lulista, por sua vez, 58% sugerem uma mudança da moeda, enquanto 27% defendem a sua manutenção no comércio internacional.

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Uma declaração de Lula na cúpula do Brics (do qual o Brasil faz parte, junto com Rússia, China, Índia, África do Sul e mais cinco países) na África do Sul, dois anos atrás (agosto de 2023), alimentou a expectativa de substituição do dólar. "O que nós queremos é criar uma moeda que permita que a gente faça negócio sem precisar comprar dólar", disse o petista na ocasião.

Inclusive, os Brics protagonizaram a maior divisão no espectro de eleitores de Bolsonaro. Isto porque 44% defendem que o país se distancie do bloco, enquanto 42% são favoráveis a uma maior aproximação com ele. Entre os eleitores de Lula, 55% defendem os Brics, e 29% preferem que o Brasil se afaste no futuro.

Os bolsonaristas também defendem uma aproximação maior do Brasil com os EUA do que com a China - 74% são a favor de estreitar relações com os norte-americanos, enquanto 19% preferem os chineses. No universo de eleitores do presidente Lula, 58% optam pelos asiáticos, e 26% defendem a aliança com os norte-americanos.

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Concordâncias

Entre as convergências está o pensamento de que a China é mais avançada em temas como inteligência artificial (IA) e inovação em tecnologia. No primeiro, 63% dos lulistas concordam com a tese, enquanto 24% enxergam os norte-americanos com essa vantagem. No universo bolsonarista, 54% veem os chineses na frente e 41% avaliam que são os Estados Unidos. Quanto à tecnologia, 69% dos lulistas também veem a China à frente, com 20% avaliando que são os EUA. A opinião do campo bolsonarista também é majoritária: 61% a 35% a favor dos asiáticos.

Produtos chineses como celulares e computadores também ganham simpatia dos dois grupos. A preferência entre os lulistas é de 66%, enquanto 23% preferem aqueles fabricados nos Estados Unidos. Entre bolsonaristas, 53% optam pelos itens chineses e 42% pelos norte-americanos.

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Os dois polos políticos também se uniram em alguns pontos que favorecem os americanos. Ambos avaliam os EUA como mais avançados na corrida espacial, embora os bolsonaristas tenham maior folga (EUA - 69% a China - 20%) do que no lado petista (53% a 20%). É em solo americano que os lados acreditam ser o melhor país para morar. A preferência dos bolsonaristas é de 81% a 11%, enquanto do lado lulista essa preferência é mais moderada (47% a 34%).

Os lados também concordam que os EUA promovem mais guerras do que a China. Por fim, lulistas e bolsonaristas concordam que o regime político dos EUA é mais democrático em relação ao da China. Nesta tese, os bolsonaristas apresentaram 69% a favor dos americanos e 19% dos chineses. Embora mais dividida, a tese também prevaleceu no universo lulista, com 53% a 30%.

E a pergunta com mais aproximação entre os dois espectros foi sobre o país com a maior influência política internacional. Os EUA venceram por 80% a 12% no âmbito dos eleitores de Bolsonaro e 66% a 23% entre aqueles que optaram por Lula.

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