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Pesquisa mostra fôlego na popularidade e desgaste com Brics

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O governo Lula ganhou fôlego na crise de popularidade após o anúncio de tarifa de 50% sobre produtos do Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último dia 9, mostra pesquisa Genial Quaest divulgada nesta quarta-feira, 16. A aprovação da gestão petista passou de 40% em maio para 43% em julho, enquanto a desaprovação oscilou de 57% para 53% no mesmo período.

Ainda de acordo com o levantamento, a maior parte dos brasileiros avalia que Trump não tem o direito de opinar sobre processos judiciais do País, como fez o americano em relação à ação penal do golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tramita hoje no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Por outro lado, embora Trump tenha citado o processo que atinge Bolsonaro ao anunciar o tarifaço imposto ao Brasil, a maior parte dos entrevistados afirmou que o que provocou a medida foram declarações feitas por Lula contra o presidente dos Estados Unidos durante o encontro do Brics - bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã - no Rio de Janeiro.

União

Apesar de diferentes avaliações sobre os motivos da crise tarifária provocada por Trump, os brasileiros querem que o governo e a oposição se unam na defesa dos interesses do País, apontou a pesquisa. O governo brasileiro considerou o apoio americano a Bolsonaro "indevido" e "inaceitável" por representar uma intromissão de Trump em assuntos internos do Brasil.

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O levantamento da Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas, de forma presencial, entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. A seguir, os principais dados da pesquisa, em cinco pontos.

1. Gestão federal ganha fôlego em crise de popularidade

Entre julho de 2024 e maio de 2025, a desaprovação ao governo Lula cresceu de forma ininterrupta a cada levamento realizado pela Genial/Quaest. No período, a desaprovação ao petista cresceu de 43% dos entrevistados para 57%, enquanto a aprovação deste terceiro mandato presidencial de Lula caiu de 54% para 40%.

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Desde a rodada anterior da pesquisa, em maio, a desaprovação oscilou quatro pontos porcentuais para baixo, indo de 57% para 53% agora, enquanto a aprovação passou de 40% para 43% no período.

O levantamento aponta melhora de Lula entre os brasileiros que vivem na Região Sudeste (reprovação caiu de 64% para 56% e aprovação subiu de 32% para 40%); os que ganham na faixa de dois a cinco salários mínimos (rejeição passou de 58% para 52% e apoio, de 39% para 43%); no recorte dos que têm ensino superior completo (reprovação caiu de 64% para 53% e aprovação subiu de 33% a 45%); e os que não são beneficiários do programa Bolsa Família (desaprovação caiu de 61% para 55% e aprovação foi de 37% para 41%).

"São os segmentos mais informados da população que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo", disse o CEO da Quaest, Felipe Nunes.

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2. Rejeição a Trump e ao tarifaço

A maioria dos brasileiros rejeita o "tarifaço" de Trump. Para 72% dos entrevistados, o americano está errado ao impor taxas aos produtos brasileiros, enquanto 79% avaliaram que o impacto nas exportações do País também prejudicará a sua própria vida.

A maior parte dos entrevistados (57%) avaliou que o americano não tem o direito de critica o processo em que Bolsonaro (PL) é réu sob acusação de tentar um golpe de Estado.

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Questionados sobre o que levou o presidente americano a anunciar o tarifaço, 26% atribuíram a medida - considera uma retaliação - às falas de Lula feitas na reunião do Brics realizada no Brasil. Para 22%, a ação penal no Supremo contra Bolsonaro é, de fato, a principal razão por trás do tarifaço.

São 17% os que disseram que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) influenciou o presidente americano a tomar a medida, enquanto 10% afirmaram que Trump buscou retaliar as ações da STF que atingiram big techs americanas.

Em carta enviada a Lula, Trump disse que a medida seria adotada, em parte, por causa da "perseguição" do Supremo a Bolsonaro e das decisões da Corte em relação às plataformas de redes sociais.

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3. Lula errou ao provocar Trump em encontro do Brics

A maioria dos entrevistados (55%) pela Genial/Quaest avaliou que Lula provocou Trump ao criticá-lo durante a Cúpula do Brics. Outros 31% discordaram e 14% não souberam ou não quiseram responder.

Durante o encontro do bloco, realizado entre 6 e 7 de julho no Rio, o brasileiro criticou as ameaças do presidente americano de impor tarifas às nações que se aliassem ao grupo e que avaliava alternativas ao dólar como moeda do comércio internacional.

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O petista disse ser "muito equivocado e muito irresponsável um presidente ficar ameaçando os outros em redes digitais". "Tem outras coisas, outros fóruns, para o presidente de um país do tamanho dos Estados Unidos falar com outros países", afirmou o presidente brasileiro.

4. Comunicação do governo

As novas estratégias de comunicação do governo Lula têm falhado em atingir o público, indica a pesquisa. Questionados sobre o mote da "justiça tributária" e da campanha pela taxação "BBB" (bancos, bets e bilionários), 56% afirmaram desconhecer a iniciativa e 43% disseram ter tido conhecimento.

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Quanto aos vídeos com críticas ao presidente da Câmara dos Deputado, Hugo Motta (Republicanos-PB), 72% declararam não ter visto o conteúdo, enquanto 25% afirmaram que sim. As peças foram produzidas com o uso de inteligência artificial e satirizam o parlamentar com um personagem chamado "Hugo Nem Se Importa". Em relação ao discurso "ricos contra pobres", 53% consideraram que ele "não está certo porque cria mais briga e polarização".

5. Governo e oposição devem se unir em defesa do País

Para 84%, governo e oposição devem se unir na defesa dos interesses do Brasil. Outros 9% discordam, enquanto 2% são indiferentes.

Da mesma forma, no cenário interno, 79% avaliaram que os conflitos na relação entre o Palácio do Planalto e o Congresso mais atrapalham do que ajudam o País. São 12% os que pensam o contrário, e 9% não responderam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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