Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

PDT e Rede questionam no STF suspensão de ação contra Ramagem aprovada na Câmara

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

A Rede Sustentabilidade e o PDT acionaram na quinta-feira, 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu a ação penal envolvendo o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e outros acusados de crimes contra o Estado brasileiro. A suspensão foi aprovada na noite de quarta-feira, 7, em votação no plenário da Casa.

Na arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), os partidos alegam que a decisão da Câmara é inconstitucional e apontam irregularidades no uso da prerrogativa de imunidade parlamentar para justificar a suspensão da ação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Os autores da ADPF sustentam que a imunidade não poderia se aplicar ao caso de Ramagem, já que os crimes dos quais é acusado teriam sido praticados antes de sua diplomação como deputado. Além disso, afirmam que a prerrogativa não pode alcançar os demais réus do processo, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que não exercem mandato legislativo.

"A manutenção dessa decisão representa grave precedente institucional, que poderá ensejar a reiteração de atos similares, inclusive quanto a outros parlamentares denunciados pelos mesmos fatos, comprometendo a integridade do sistema acusatório e o regular funcionamento da jurisdição penal de competência desta Corte", diz trecho da ação.

Para os partidos, esse entendimento "excessivamente permissivo" quanto à imunidade parlamentar representa uma ameaça institucional, pois pode desencadear um efeito dominó, em que o Congresso passe a barrar ações penais em casos semelhantes, sem observar os critérios legais e morais que deveriam nortear tais decisões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Reforça-se, ademais, que essa prerrogativa não se confundiria com impunidade, tampouco significaria a impossibilidade de responsabilização criminal", afirma o texto.

Em nota, o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) disse que houve violação do princípio constitucional da separação dos Poderes. "Essa foi uma clara estratégia para livrar Bolsonaro e seus cúmplices das responsabilidades criminais sobre a tentativa de golpe que pretendia retomar o regime militar no Brasil. A nossa ação é também em respeito ao próprio Congresso Nacional que golpistas queriam dissolver", afirmou.

A ADPF será analisada pelo STF, que poderá decidir pela suspensão dos efeitos da votação na Câmara e pela continuidade da ação penal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O PSOL também anunciou que entraria com uma ação semelhante no STF, para tentar anular a resolução aprovada na Câmara.

Entenda o caso

A Câmara aprovou uma resolução que determina a suspensão da ação penal no Supremo Tribunal Federal contra o deputado Alexandre Ramagem, na quarta-feira, 7. No entanto, o texto deixa uma brecha para inclusão de Jair Bolsonaro e outros 32 acusados por envolvimento em um trama golpista. Segundo especialistas, é uma extrapolação do que a legislação permite, já que os demais réus não exercem mandato eletivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde 2001, a Constituição autoriza que o Congresso Nacional paralise o curso de processos judiciais contra parlamentares, desde que haja maioria de votos no plenário. Contudo, essa prerrogativa se restringe a congressistas no exercício do mandato e é válida somente para delitos cometidos após a diplomação, conforme apontam juristas. Dessa forma, a norma constitucional não alcança Bolsonaro nem os demais envolvidos.

O STF agendou para esta sexta-feira, 9, a partir das 11h, o julgamento da decisão da Câmara que determinou a suspensão da ação penal. A análise será feita no plenário virtual da Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin. É a mesma turma da Corte que tornou Ramagem e Bolsonaro réus em 26 de março. A votação deverá ser concluída até a próxima terça-feira, 13.

O pedido para que o texto fosse apreciada de forma colegiada partiu de Moraes, após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informar oficialmente ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sobre a deliberação do plenário da Casa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline