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Múcio diz que militares presos não representam as Forças Armadas, e pede apuração do caso

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, que seria executada em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "não representam as Forças Armadas". O chefe da pasta disse desejar que

Sofia Aguiar (via Agência Estado)

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Escrito por Sofia Aguiar (via Agência Estado)
Publicado em 20.11.2024, 20:55:00 Editado em 20.11.2024, 21:00:40
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O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, que seria executada em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "não representam as Forças Armadas". O chefe da pasta disse desejar que quem mancha o nome da instituição, se verdadeiro culpado, que seja punido.

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"Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um", afirmou Múcio a jornalistas nesta quarta-feira, 20, no Palácio Itamaraty, na esteira da recepção do presidente da China, Xi Jinping. "Eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça", acrescentou.

"Eu desejo, e as Forças também desejam, que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado, que seja punido", completou o ministro.

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A trama golpista envolveria o assassinato do então presidente eleito, Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, 19, cinco suspeitos foram presos pela PF por integrarem o grupo por trás do plano - que, pelas investigações, esteve prestes a ser efetivado em 15 de dezembro de 2022.

As investigações indicam que, mais de um mês antes, um documento no Word foi criado detalhando o plano. Um dos presos nesta terça-feira, Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), é apontado como o responsável por imprimir o documento, intitulado "Planejamento - Punhal Verde e Amarelo", nas dependências do Palácio do Planalto.

Além de Fernandes, um policial federal e três "kids pretos" - militares do Comando de Operações Especiais do Exército - também foram detidos. O planejamento elaborado pelos investigados detalha os recursos humanos e bélicos que seriam necessários para colocar o plano em prática. O plano ainda envolvia a implementação de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para gerenciar conflitos institucionais derivados do planejado golpe, indicou a PF.

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