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Moraes vota por condenar líder de acampamento golpista a 14 anos de prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 20, pela condenação de Diego Dias Ventura, a 14 anos de prisão pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O réu foi apontado como um dos

Maria Magnabosco (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Magnabosco (via Agência Estado)
Publicado em 20.06.2025, 16:22:00 Editado em 20.06.2025, 16:28:46
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 20, pela condenação de Diego Dias Ventura, a 14 anos de prisão pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O réu foi apontado como um dos líderes do acampamento golpista que foi instalado em frente ao quartel do Exército, em Brasília.

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Moraes proferiu o voto no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Diego. De acordo com a manifestação do ministro, o réu atuou na coordenação da logística do acampamento e participou dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

De acordo com o voto de Moraes, relator da ação penal, o acusado também deverá pagar R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação. O valor será dividido com os demais condenados pelas invasões.

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"O réu Diego Dias Ventura, após regular investigação, teve seu aparelho celular apreendido, sendo possível extrair conteúdos de mensagens e áudios compartilhados em diversos grupos de WhatsApp, nos quais atuava na coordenação da logística do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, promovia arrecadação de recursos financeiros e articulava ações entre os participantes", disse o ministro.

Nas alegações finais apresentadas em 28 de fevereiro de 2024, a defesa de Diego Dias Ventura sustentou que ele participou apenas de uma "manifestação pacífica em Brasília, sem vínculo com atos de violência, depredação ou incitação", e que não houve demonstração de dolo nem provas suficientes para a condenação. Diego chegou a ser preso em 2023 mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade.

Faltam ainda os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

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Quem é Diego Ventura

Diego Ventura foi apontado como um dos chefes da invasão ao Supremo Tribunal Federal, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ventura foi preso em julho de 2023 em mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, que apurou os ataques aos prédios dos Três Poderes. Ele estava a caminho da 3ª Assembleia Nacional da Direita Brasileira.

Considerado um dos líderes dos atos antidemocráticos em Brasília, o comerciante já havia sido detido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na véspera do Natal de 2022. Ele e mais nove pessoas foram presos a caminho do Supremo, com estilingues, bolinhas de gude, facas, além de rádios transmissores. Todos foram detidos e conduzidos para a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, e, posteriormente, liberados.

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Imagens divulgadas pelo UOL mostram Ventura, no dia 8 de janeiro de 2023, chutando grades de contenção do STF e, posteriormente, já dentro do prédio do Supremo, comemorando o que chamou de "missão cumprida". O comerciante aparece ao lado de Ana Priscilla Azevedo, uma das organizadoras do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e de um grupo de extremistas no Telegram.

Ventura se apresentava como um dos líderes do grupo Abrapa 01, que ficou acampado em frente ao QG do Exército. Em vídeos e postagens nas redes sociais, o comerciante fez convocações para que mais apoiadores aderissem ao acampamento e recolheu doações para a manutenção da estrutura montada em Brasília.

"Você que está levantando essa bandeira do nosso povo de bem, de direita, patriota, que ama e zela por Deus, Pátria, família, liberdade e democracia, tem todo o direito de decidir ficar em casa, não fazer nada e desacreditar. Somente os covardes desistem de uma guerra, de uma luta, de uma batalha e de enfrentar aquilo que, de alguma forma, te oprime, te para, te imobiliza, te engessa e te tira os seus direitos. O povo mostrou que não é só capaz de levantar bandeirinha", afirmou. "Lutar por aquilo que a gente acredita, que entendemos que é nosso direito, é a coisa mais honrada que nós patriotas podemos fazer."

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