Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

Moraes vota por condenar líder de acampamento golpista a 14 anos de prisão

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 20, pela condenação de Diego Dias Ventura, a 14 anos de prisão pela participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O réu foi apontado como um dos líderes do acampamento golpista que foi instalado em frente ao quartel do Exército, em Brasília.

Moraes proferiu o voto no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Diego. De acordo com a manifestação do ministro, o réu atuou na coordenação da logística do acampamento e participou dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

De acordo com o voto de Moraes, relator da ação penal, o acusado também deverá pagar R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação. O valor será dividido com os demais condenados pelas invasões.

"O réu Diego Dias Ventura, após regular investigação, teve seu aparelho celular apreendido, sendo possível extrair conteúdos de mensagens e áudios compartilhados em diversos grupos de WhatsApp, nos quais atuava na coordenação da logística do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, promovia arrecadação de recursos financeiros e articulava ações entre os participantes", disse o ministro.

Nas alegações finais apresentadas em 28 de fevereiro de 2024, a defesa de Diego Dias Ventura sustentou que ele participou apenas de uma "manifestação pacífica em Brasília, sem vínculo com atos de violência, depredação ou incitação", e que não houve demonstração de dolo nem provas suficientes para a condenação. Diego chegou a ser preso em 2023 mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Faltam ainda os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Quem é Diego Ventura

Diego Ventura foi apontado como um dos chefes da invasão ao Supremo Tribunal Federal, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ventura foi preso em julho de 2023 em mais uma etapa da Operação Lesa Pátria, que apurou os ataques aos prédios dos Três Poderes. Ele estava a caminho da 3ª Assembleia Nacional da Direita Brasileira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Considerado um dos líderes dos atos antidemocráticos em Brasília, o comerciante já havia sido detido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na véspera do Natal de 2022. Ele e mais nove pessoas foram presos a caminho do Supremo, com estilingues, bolinhas de gude, facas, além de rádios transmissores. Todos foram detidos e conduzidos para a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, e, posteriormente, liberados.

Imagens divulgadas pelo UOL mostram Ventura, no dia 8 de janeiro de 2023, chutando grades de contenção do STF e, posteriormente, já dentro do prédio do Supremo, comemorando o que chamou de "missão cumprida". O comerciante aparece ao lado de Ana Priscilla Azevedo, uma das organizadoras do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e de um grupo de extremistas no Telegram.

Ventura se apresentava como um dos líderes do grupo Abrapa 01, que ficou acampado em frente ao QG do Exército. Em vídeos e postagens nas redes sociais, o comerciante fez convocações para que mais apoiadores aderissem ao acampamento e recolheu doações para a manutenção da estrutura montada em Brasília.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Você que está levantando essa bandeira do nosso povo de bem, de direita, patriota, que ama e zela por Deus, Pátria, família, liberdade e democracia, tem todo o direito de decidir ficar em casa, não fazer nada e desacreditar. Somente os covardes desistem de uma guerra, de uma luta, de uma batalha e de enfrentar aquilo que, de alguma forma, te oprime, te para, te imobiliza, te engessa e te tira os seus direitos. O povo mostrou que não é só capaz de levantar bandeirinha", afirmou. "Lutar por aquilo que a gente acredita, que entendemos que é nosso direito, é a coisa mais honrada que nós patriotas podemos fazer."

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline