Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

Moraes manda investigar compra e venda de dólares no dia do tarifaço de Trump

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou, nesta segunda-feira, 21, a abertura de um inquérito da Policia Federal para investigar suspeitas de uso de informações privilegiadas que teriam resultado em lucros de 25% a 50% em operações de compra e venda de dólares no dia em que o presidente dos EUA Donald Trump anunciou tarifaço contra o Brasil.

A decisão atende pedido da advogado-geral da União, ministro Jorge Messias. Na quinta-feira, 17, ele protocolou no STF uma manifestação em que sustenta indícios de que 'transações de câmbio ocorreram em volume significativo e horas antes do anúncio oficial das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, o que sugere possível utilização de informações privilegiadas (insider trading) por pessoas físicas ou jurídicas, supostamente com acesso prévio e indevido a decisões ou dados econômicos de alto impacto'.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

O caso foi autuado como petição autônoma e sigilosa e, por se tratar de fatos conexos, será relatado por Moraes - já responsável pelo inquérito que investiga o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por articulações com congressistas republicanos para pressionar o STF a anular a ação penal do golpe, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu.

No sábado, 19, a AGU encaminhou ao Supremo uma manifestação relatando que investidores teriam obtido lucros de até 50% em poucas horas com operações de câmbio realizadas antes do anúncio oficial do tarifaço.

O documento foi encaminhado ao Supremo depois que reportagem da TV Globo, exibida na sexta-feira, 18, mostrou que ocorreram transações de câmbio em volume significativo antes e depois do anúncio oficial das novas tarifas comerciais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o órgão chefiado por Jorge Messias, os indícios sugerem "possível utilização de informações privilegiadas - insider trading - por pessoas físicas ou jurídicas, supostamente com acesso prévio e indevido a decisões ou dados econômicos de alto impacto".

Spencer Hakimian, que administra o fundo Toulou Capital, disse à TV Globo que às 13h30 do dia 9 de julho houve um salto abrupto na cotação do dólar, que ele atribuiu a uma compra expressiva entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, a R$ 5,46.

Cerca de dois minutos após o anúncio, feito por Trump às 16h17, houve uma venda nas mesmas proporções, na cotação de R$ 5,60. A aposta pode ter rendido de 40% a 50% do investimento em três horas, disse Hakimian.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Não é o padrão normal das transações com o real. Pode ser qualquer um que sabia (das tarifas) desde o começo. Vamos ter de esperar para ver quem realmente foi", afirmou o gestor.

Trump anunciou, em 9 de julho, a taxação sobre produtos importados do Brasil, com início em 1º de agosto.

A decisão foi justificada principalmente como resposta ao tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisões do Supremo Tribunal Federal contra empresas americanas de tecnologia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional", disse Trump.

A AGU argumenta que o inquérito para apurar a conduta de Eduardo "decorre do uso de instrumentos comerciais internacionais como mecanismo de coação premeditada contra a Justiça brasileira".

No documento ao STF, a AGU também destaca que Moraes indica, no inquérito, que "a implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil, para gerar uma pressão política e social no Poder Judiciário e impactar as relações diplomáticas entre o Brasil os Estados Unidos da América".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além da investigação dentro do inquérito já em tramitação, a AGU também solicita que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja comunicada e que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tome "providências administrativas e civis" sobre as transações.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline