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Kid preto diz que Cid mentiu e que delator só se lembra do que 'interessa seus objetivos'

O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima acusou Mauro Cid, delator na ação penal do golpe, de ter memória seletiva sobre os fatos ocorridos no final de 2022 que culminaram nas investigações da Polícia Federal (PF) e na denúncia apresentada pela P

Weslley Galzo (via Agência Estado)

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Escrito por Weslley Galzo (via Agência Estado)
Publicado em 28.07.2025, 19:42:00 Editado em 28.07.2025, 19:50:28
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O tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima acusou Mauro Cid, delator na ação penal do golpe, de ter memória seletiva sobre os fatos ocorridos no final de 2022 que culminaram nas investigações da Polícia Federal (PF) e na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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"A memória dele (Mauro Cid)... Ele lembra do que interessa para o objetivo dele. Não vou acusar ele, porque só ele sabe o que passou, mas ele escolhe quando tem boa memória e quando não tem boa memória, infelizmente", afirmou o tenente-coronel.

Integrante da força especial do Exército, que abriga os kids pretos, Hélio é acusado de integrar o núcleo 3 da ação do golpe. A Procuradoria-Geral da República afirma que ele era um dos responsáveis pela Operação "Copa 2022", com o objetivo de "neutralizar" o ministro relator da ação.

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O militar prestou depoimento nesta segunda-feira, 28, na fase de encerramento da instrução criminal. Lima acusou Cid de ter mentido aos investigadores sobre ter saído mais cedo de reunião na casa do ex-ministro Walter Braga Netto em que teria sido discutido o plano de golpe de Estado, conforme denunciado pela PGR.

De acordo com o tenente-coronel, Cid teria mentido tanto sobre sair mais cedo da casa de Braga Netto quanto sobre o objetivo da reunião, que seria para tratar de aspectos operacionais da tentativa de golpe.

O ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma acareação com Braga Netto em junho deste ano e afirmou ter mudado de versão sobre o teor da reunião após saber do plano "Punhal Verde e Amarelo", que pretendia matar autoridades para consolidar a tomada do governo. Segundo Cid, os militares teriam discutido formas de gerar "comoção nacional" que justificassem medidas de exceção.

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"Isso que ele falou, no meio militar, é infantil e até um pouco de arrogância dele de achar que eu, tendo sido instrutor, vou chegar em um general de quatro estrelas, que não me conhecia, e dizer: 'general, vamos fazer alguma coisa de comoção nacional para ter estado de sítio ou estado de Defesa'", rebateu Lima. "Isso é ridículo, Excelência".

Hélio Lima negou ter participado do plano "Punhal Verde e Amarelo".

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