A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, formalizada após solicitação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), a coloca na condição de foragida internacional, sujeita a prisão em 196 países.
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A decisão de Moraes, proferida nesta quarta-feira (4), também decretou a prisão preventiva da parlamentar, além do bloqueio de seus bens, contas bancárias e redes sociais. O ministro justificou a ação apontando que Zambelli tem "intuito criminoso ativo e reiterado", insistindo na divulgação de notícias falsas, ataques à lisura das eleições e agressões ao Poder Judiciário. A parlamentar já havia sido condenada por violar o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um mandado de prisão falso.
Em resposta, Carla Zambelli classificou a decisão como "ilegal, inconstitucional e autoritária", afirmando que uma medida desse tipo não poderia ser tomada de forma monocrática. Ela também mencionou que buscaria uma licença não remunerada do mandato para tratar de questões médicas fora do Brasil.
O processo de inclusão na lista vermelha da Interpol envolve uma análise interna da organização para garantir que os mandados de prisão sejam compatíveis com as normas internacionais, incluindo a proibição de interferência em assuntos de cunho político. Casos anteriores de outros políticos brasileiros tiveram pedidos de inclusão recusados pela Interpol.
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