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Houve afastamento entre Bolsonaro e Heleno no final do governo, diz defesa do ex-GSI

O advogado Matheus Mayer Milanez, que representa a defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, disse que seu cliente teve um "afastamento" de Jair Bolsonaro no fim da gestão do ex-presidente. Em sua sustentação oral

Gabriel Hirabahasi, Lavínia Kaucz e Pepita Ortega (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Hirabahasi, Lavínia Kaucz e Pepita Ortega (via Agência Estado)
Publicado em 03.09.2025, 10:15:00 Editado em 03.09.2025, 10:23:16
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O advogado Matheus Mayer Milanez, que representa a defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, disse que seu cliente teve um "afastamento" de Jair Bolsonaro no fim da gestão do ex-presidente.

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Em sua sustentação oral no segundo dia de julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, Milanez afirmou que Heleno "era contra essa política tradicional" e que o afastamento se iniciou com a aproximação de Bolsonaro do Centrão.

"O general Heleno era contra essa política tradicional, ele era a favor não de políticos de carreira, mas de pessoas que se destacassem pelo interesse na defesa nacional. Por conta desse posicionamento dele, muito claro desde o início do mandato, quando o presidente Bolsonaro se aproxima dos partidos do Centrão, inicia-se um afastamento da cúpula do poder. Não existia um afastamento 100%, até porque se houvesse, ele desembarcaria do governo. Mas publicamente ele sempre foi apoiador", argumentou Milanez.

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O advogado citou uma reportagem da revista Veja com título "O melancólico fim de Augusto Heleno no governo Bolsonaro" como argumento para justificar esse afastamento do general em relação ao ex-presidente. Também mencionou depoimentos de testemunhas que apontaram para um distanciamento dos dois, dentre eles o general Freire Gomes, então comandante do Exército, e Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro.

Esse afastamento foi usado por Milanez para justificar que Heleno não era um "consultor" do ex-presidente, conforme apontado pela Procuradoria-Geral da República.

O advogado também afirmou que Heleno não participou de uma transmissão ao vivo feita pelo ex-presidente em 2021, quando, no entendimento da PGR, teria se iniciado a trama golpista por meio de discursos do então presidente contra as urnas eletrônicas e o processo eleitoral.

"Se esta sessão (da Primeira Turma do STF) fosse transmitida, todos os assessores sentados ao fundo estariam envolvidos, pois da mesma forma estava o general Heleno. Ele não se manifestou, ele não falou, ele estava mexendo no seu telefone. Mas para o Ministério Público essa é uma forma indelével de participação. Com toda vênia, carece de força", argumentou.

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