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Gilmar Mendes manda PF apurar citações a líder do governo

O ministro Gilmar Mendes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da investigação sobre suspeita de desvios em emendas parlamentares destinadas a municípios do Ceará, determinou à Polícia Federal uma apuração específica sobre citações aos deputados José

Nino Guimarães e Fausto Macedo (via Agência Estado)

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Escrito por Nino Guimarães e Fausto Macedo (via Agência Estado)
Publicado em 10.07.2025, 08:30:00 Editado em 10.07.2025, 08:38:15
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O ministro Gilmar Mendes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da investigação sobre suspeita de desvios em emendas parlamentares destinadas a municípios do Ceará, determinou à Polícia Federal uma apuração específica sobre citações aos deputados José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara, Eunício Oliveira (MDB) e Yury do Paredão (MDB).

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Os três parlamentares negam envolvimento com atos ilícitos envolvendo emendas.

A decisão de Gilmar foi tomada no âmbito da Operação Underhand, deflagrada anteontem. O alvo principal da primeira etapa da investigação foi o deputado Júnior Mano (PSB-CE). Ele teria se associado ao político Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto do Choró (PSB), no comando de um esquema de uso de recursos de emendas para ganhar as eleições de 2024 e assumir o comando político de ao menos 50 municípios do Ceará.

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Mensagens

Guimarães, Eunício e Paredão foram mencionados por Bebeto do Choró em uma troca de mensagem interceptada pela PF. Apontado como um dos líderes do esquema, Bebeto chegou a ser eleito prefeito de Choró (CE), mas, em janeiro de 2025, sua posse foi indeferida pela Justiça Eleitoral. Ele tem mandado de prisão em aberto e está foragido.

Nas comunicações, Bebeto diz que Eunício teria lhe confirmado que Guimarães repassou R$ 2 milhões para o município e que ele, Eunício, indicou emenda de R$ 1 milhão. Em outro diálogo há citação a Paredão. As menções não são prova de corrupção. Gilmar considerou que, como houve a citação aos deputados, será necessária uma nova apuração que verifique se houve envolvimento deles na execução de emendas.

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A Operação Underhand teve origem nas revelações da ex-prefeita de Canindé Rozário Ximenes (Republicanos). Em depoimento ao Ministério Público, no ano passado, e em entrevista ao Estadão, ela relatou que o grupo político de Júnior Mano utilizava empresas associadas a Bebeto do Choró para vencer licitações e lavar recursos das emendas destinados a caixa 2 de candidatos aliados para compra de votos.

Defesas

Guimarães disse que não foi alvo da Operação Underhand e não destinou nenhuma emenda a Canindé em 2024 e 2025. "Sobre o fato de ter o nome mencionado por pessoas investigadas, esclareço que não sou alvo de inquérito para apurar possível uso irregular de emendas", afirmou o líder do governo na Câmara.

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Eunício declarou que destina emendas a "dezenas" de municípios cearenses "de forma transparente e de acordo com a legislação". Yury do Paredão defendeu a transparência dos repasses e disse que faz as indicações com seriedade e responsabilidade. E que está à disposição para esclarecimentos.

Ao Estadão, Rozário Ximenes negou que Eunício tenha recebido propina. "O deputado não desviou dinheiro de emenda, ele a cancelou quando soube do esquema." Anteontem, o parlamentar pediu a suspensão de emendas para os municípios de Várzea Alegre e Brejo Santo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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