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Ex-ministro da Saúde diz no STF que não ouviu plano de golpe e consolou Bolsonaro pela derrota

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O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 26, que consolou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia seguinte à derrota contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 e negou ter sido procurado por pessoas do governo para falar de uma tentativa de golpe de Estado.

Nesse encontro, relatou Queiroga, ele lembrou das derrotas de Richard Nixon e Jimmy Carter enquanto presidentes dos Estados Unidos, e que se mantiveram politicamente relevantes depois.

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"Estive com Bolsonaro na segunda-feira logo após as eleições, talvez o último dia que ele foi para o Palácio do Planalto. Naturalmente ele estava muito triste, como estávamos", afirmou Queiroga. "Lembrei ao presidente de exemplo como o presidente Nixon que teve que renunciar a presidência dos Estados Unidos, e Jimmy Carter que não foi eleito e tiveram maior protagonismo político depois."

Queiroga participou da audiência como testemunha do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e do ex-ministro Walter Braga Netto no processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado.

Nessa audiência, Queiroga defendeu as declarações de Bolsonaro em reunião ministerial de julho de 2022 que veio a público posteriormente. Naquele encontro, o ex-presidente pediu a união da Controladoria-Geral da União, das Forças Armadas e da Polícia Federal para "fiscalizar" as urnas eletrônicas.

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"Aquilo ali era uma fala de liderança política muito assertiva e afirmativa dentro do padrão que ele fazia em outras ocasiões até mesmo publicamente", afirmou Queiroga.

Heleno, nesse mesmo dia, sugeriu "montar um sistema para acompanhar os dois lados", incluindo Lula. "O problema todo disso é se vazar", afirmou Heleno. "Não tem VAR nas eleições. Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito, tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições."

Queiroga também disse que teve repetidos encontros com Heleno e com Braga Netto durante o ano de 2022. "(Eu e Braga Netto) nos encontrávamos porque desejávamos que Bolsonaro fosse reeleito e Braga Netto fosse vice-presidente", afirmou.

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Nesse depoimento, Queiroga afirmou que fez o processo de transição para o governo Lula "como determina a legislação". "Recebi quatro ex-ministros: Humberto costa, (José Gomes) Temporão, Arthur Chioro e Alexandre Padilha e passamos", afirmou. "Me senti muito a vontade de passar essas preocupações com Padilha, pessoa que já tinha relacionamento institucional."

Nesta segunda-feira, além de Queiroga, foram ouvidas outras testemunhas de Heleno, que trabalharam com ele no GSI ou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Todos eles negaram que o ex-ministro os tenham procurado oferecendo algum plano de golpe de Estado e disseram que a Abin era um órgão apartidário.

"O GSI é apolítico e apartidário", afirmou Amilton Coutinho Ramos, que atuou como assessor especial de comunicação do GSI. "É sabido que o general Heleno é a favor do voto impresso, mas ele acatou a decisão do Congresso Nacional e o resultado das eleições.

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Nesta semana serão ainda ouvidas testemunhas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e de Bolsonaro. Estão, entre eles, ex-ministros daquele governo, senadores da República, servidores que trabalharam no Palácio do Planalto e até o médico do ex-presidente.

Na terça-feira, 27, participará da audiência o ex-ministro da Educação na última parte do governo Bolsonaro, Victor Godoy, além de funcionários que ocuparam função na Polícia Federal e na Polícia Federal durante a gestão do ex-presidente.

Na quinta-feira, 29, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco, o ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário, o ex-chefe de gabinete de Bolsonaro Celio Faria, o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida estão entre os participantes.

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Irão depor, na sexta-feira, 30, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI, esse também como testemunha de Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira), Espiridião Amin (PP-SC), Eduardo Girão (Novo-SC), e o deputado federal Sanderson (PL-RS). Todos testemunhas de Anderson Torres.

Outras testemunhas escolhidas por Bolsonaro irão falar na audiência nesse mesmo dia. São eles:

- Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo,

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- Gilson Machado, ex-ministro do Turismo

- Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde e deputado federal

- Ricardo Camarinha, médico de Bolsonaro

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- Renato França, subchefe de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro

- Jonathas Assunção Salvador Nery, ex-membro do conselho de administração da Petrobras, indicado por Bolsonaro

- Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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