Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
POLÍTICA

CPI do INSS: Oposição atribui vitórias do governo Lula ao 'fisiologismo' do Centrão

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Reforçado na CPI do INSS, o governo conseguiu reverter o cenário que deu a presidência e a relatoria da comissão para a oposição e conseguiu garantir a maioria em todas as últimas votações mais controversas.

A articulação da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que José Ferreira da Silva - irmão de Lula conhecido como Frei Chico - não fosse convocado e impediu a prisão do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo. O Sindnapi é o sindicato ao qual Frei Chico é ligado.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Na perspectiva da oposição, o trabalho do governo configura uma "blindagem" a figuras que seriam importantes para contribuir com as investigações que apuram o esquema fraudulento de desconto não autorizado em associativas.

Para o grupo, as sucessivas vitórias do Centrão se devem ao "fisiologismo".

Neste mês, a CPI já colocou na mira figuras ligadas a caciques do Centrão. Na quinta-feira passada, 9, o colegiado votou a quebra do sigilo bancário de Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A comissão rejeitou o requerimento.

publicidade

Atualmente, Boudens tem um cargo de confiança no Conselho de Estudos Políticos do Senado, com um salário de R$ 31,3 mil. O placar final terminou 17 a 13.

As votações que barraram a convocação de Frei Chico e a prisão de Milton Cavalo terminaram com o placar de 19 a 11 e 18 a 13.

"É o resultado de muito trabalho e organização. Fui escalado para organizar a bancada do governo aqui", afirma o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na CPI do INSS.

publicidade

Esse trabalho consiste em garantir que os deputados suplentes (em sua grande maioria, oposicionistas) não substituam titulares e votem, constante análise da pauta e firmar compromisso com demais parlamentares para não faltarem.

Foram as ausências, em especial, que garantiram a vitória da oposição no controle da CPI. Oposicionistas trabalharam na madrugada do dia da votação para escolher o presidente da CPI para garantir que o senador Carlos Viana (Podemos-MG) saísse triunfante. O placar daquela votação terminou com 17 votos para Viana contra 14 do senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado do governo e por Alcolumbre para ocupar o cargo.

Integrantes da CPMI e do Centrão atribuíram a culpa da falta de articulação ao líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

publicidade

Nas últimas semanas, Randolfe está cada mais ausente na CPI, enquanto Pimenta costuma ser presença constante, indo até o final das sessões, que costumam ir até a madrugada.

A oposição venceu, em votações com placar ainda mais apertado, as primeiras outras disputas no voto, mas acumula reveses nas últimas semanas.

"Ganhar ou perder aqui faz parte. Mostra que o Brasil está blindando os principais investigados. Se não é o governo, é o STF", diz o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

publicidade

Para o parlamentar, é preciso trabalhar para que partidos do Centrão indiquem membros alinhados com a oposição. Neste momento, ele vê que essas siglas estão jogando com o governo e as legendas de centro estão ajudando o governo. "O Centrão é fisiológico", afirma.

O relator da CPI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), critica a postura do governo, que, para ele, favorece a impunidade. "Essa blindagem em série é muito ruim ao Parlamento", diz. "O povo brasileiro precisa cobrar responsabilidade. Eu não tenho criminoso de estimação."

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline