O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete de seus aliados próximos terá início nesta terça-feira, 2. Os oito serão julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal por tentativa de golpe de Estado.
As sessões do julgamento estão marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro e serão transmitidas ao vivo nos canais do YouTube da TV Justiça e do STF, com retransmissão pelo Estadão. O jornal também terá uma cobertura completa, com reportagens e análises sobre o caso.
Nos dois primeiros dias, nesta semana, estão previstas as manifestações da acusação e da defesa dos réus. Na terça-feira e na quarta-feira da próxima semana, os ministros da Primeira Turma se manifestam sobre o caso. Já na sexta-feira, a expectativa é que as sentenças sejam definidas.
Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento presencialmente. De acordo com o STF, foram disponibilizados 150 lugares para o público em geral. Por limitação de espaço, serão aceitos somente os 1.200 primeiros inscritos, que serão divididos entre as oito sessões. Além dessas pessoas, 501 jornalistas brasileiros e estrangeiros também se inscreveram.
Integram a Primeira Turma do STF os ministros Alexandre de Moraes, que é o relator do caso; Cristiano Zanin, presidente da Turma; Flávio Dino; Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Os integrantes do "núcleo crucial" ou "núcleo 1" são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
A PGR emitiu parecer pela condenação de Bolsonaro por todos os crimes listados. Em uma eventual condenação, a pena pode chegar a 43 anos de prisão.
Além do ex-presidente, fazem parte do grupo:
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, que assinou acordo de delação com a Polícia Federal.
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