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Bolsonaro faz o menor ato na Paulista contra o STF

Sob o mote "Justiça já", o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista reuniu neste domingo, 29, o menor número de participantes, em São Paulo, desde que ele deixou o governo, no fim de 2022. Levantamento feito pelo Monitor do

Hugo Henud e Bernardo Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Hugo Henud e Bernardo Costa (via Agência Estado)
Publicado em 30.06.2025, 07:00:00 Editado em 30.06.2025, 07:14:39
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Sob o mote "Justiça já", o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista reuniu neste domingo, 29, o menor número de participantes, em São Paulo, desde que ele deixou o governo, no fim de 2022. Levantamento feito pelo Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo, mostra que 12,4 mil pessoas estiveram na manifestação.

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Embora houvesse ali pedidos de anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro, os discursos se concentraram em críticas ao governo Lula, ao Supremo Tribunal Federal (STF), e nas perspectivas para 2026.

"Se vocês me derem, por ocasião das eleições do ano que vem, 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil", disse Bolsonaro, que é réu no STF. "Não interessa onde eu esteja. Aqui ou no além, quem estiver na liderança (do Congresso) vai mandar mais que o presidente da República", completou.

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Inelegível até 2030, Bolsonaro corre o risco de ser preso por tentativa de golpe. O julgamento no STF deve terminar ainda neste ano.

O ex-presidente atua para eleger seus aliados no Congresso. Se tiver maioria no Senado, por exemplo, o grupo político de Bolsonaro pode aprovar até mesmo o impeachment de ministros do STF. O principal alvo é Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o 8 de janeiro de 2023.

"A gente está aqui para pedir anistia e pacificação", disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao lado de Bolsonaro.

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Cotado para substituir o ex-presidente na chapa de 2026, Tarcísio estimulou o público a gritar "Fora PT" e "Volta, Bolsonaro". "Vamos dar essa resposta no ano que vem, porque vamos nos reencontrar com a esperança, com a nossa vocação de ser grande. Vamos nos reencontrar com esse líder", afirmou.

Os outros três governadores presentes - Romeu Zema (Minas Gerais), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Jorginho Mello (Santa Catarina) não discursaram.

Mesmo com o ato do domingo esvaziado, Bolsonaro não passou recibo. "Faço um desafio à esquerda de colocar nas ruas um terço da quantidade de gente que nós colocamos", disse.

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Queda

O público, no entanto, vem caindo a cada manifestação. Em fevereiro de 2024, quando o ex-presidente esteve na mesma avenida pedindo anistia aos condenados do 8 de Janeiro, 185 mil pessoas passaram por lá, segundo o monitor da USP. Já no último dia 6 de abril foram 44,9 mil.

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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), atribuiu o baixo comparecimento à proximidade das férias de julho e ao jogo do Flamengo contra o Bayern de Munique pela Copa do Mundo de Clubes.

"Make Brazil great again!", exclamou Bolsonaro, ao tentar falar inglês, mais uma vez, numa referência ao bordão do presidente dos EUA, Donald Trump. Em uma das faixas próximas ao carro de som era possível ler as inscrições "Bolsotrump" e "Trumponaro". Havia, ainda, cartazes com críticas às urnas eletrônicas.

Ao Estadão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o STF precisa reverter as "bizarrices jurídicas" capitaneadas por Moraes contra Bolsonaro. "Querem me eliminar", insistiu o ex-presidente em discurso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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