Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Política

publicidade
ENTENDA

'Ao atacar o agro, Lula se distancia de quem gera renda', diz FPA

Deputado federal pelo PP do Paraná, Lupion afirmou que as últimas declarações, prejudicam "e muito" a aproximação com o setor

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

'Ao atacar o agro, Lula se distancia de quem gera renda', diz FPA
Autorpresidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Agência Brasil

Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse que nenhum governo "com o mínimo de responsabilidade" pode ficar contra o agronegócio. Deputado federal pelo PP do Paraná, Lupion afirmou que as últimas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se aos organizadores da Agrishow como "fascistas" e "mau caracteres", prejudicam "e muito" a aproximação com o setor.

"Cada vez que o presidente Lula ataca a agropecuária nacional, ele se distancia mais do principal setor econômico responsável pelo equilíbrio da balança comercial brasileira e da geração de oportunidade e renda no País", disse o deputado. A bancada do agro foi a que mais se empenhou para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra (MST).

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

A CPI para investigar ações do MST não acirra ainda mais a polarização no País?

A CPI das invasões de terras privadas tem por objetivo investigar quem financia os crimes de invasões e aumentar as penas para quem comete este tipo de ação criminosa que tira a paz dos produtores rurais. Nossa expectativa é que o colegiado responda a essas perguntas. A reforma agrária é uma política pública de Estado, responsável por desapropriar e indenizar os proprietários rurais, sem invasões criminosas ou violência, como presenciamos na Bahia.

O fato de o presidente Lula ter chamado organizadores da Agrishow de "fascistas" e "mau caracteres" prejudica a aproximação do governo com o agro?

Prejudica e muito. Cada vez que o presidente Lula ataca a agropecuária nacional, ele se distancia mais do principal setor econômico responsável pelo equilíbrio da balança comercial brasileira e da geração de oportunidade e renda no País.

publicidade

Mas, antes disso, a cúpula do Agrishow desconvidou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para a cerimônia de abertura daquela feira em Ribeirão Preto.

Aquilo foi um mal-entendido. Tanto que, apesar de toda a confusão, a feira movimentou mais de R$ 13 bilhões em negócios, com participação de várias autoridades e empresários do setor. O Banco do Brasil, por exemplo, não deixou a feira, e ainda gerou R$ 4 bilhões em negócios. O ministro Carlos Fávaro esteve conosco na FPA. Estamos em permanente interlocução para construir soluções para o setor.

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse ser totalmente contra invasões de propriedades, mas o MST continua promovendo essa prática. O governo está sendo leniente?

publicidade

Vários ministros se manifestaram contra as invasões. Porque é crime, está previsto na Constituição. Não é boa a mensagem que o governo federal passa quando escala o primeiro time para um evento do MST, promovido com verba pública do Incra, que deveria capitanear o processo de reforma agrária, não um movimento que se utiliza de práticas atrasadas e violentas. Voltaram 20 anos no tempo e acham que a população vai aceitar esse tipo de crime. Não aceitamos e trabalharemos para assegurar o direito de propriedade dos produtores rurais.

O sr. acha que é possível a abertura de diálogo entre o governo e o agronegócio? Como?

Não pode governo nenhum, com o mínimo de responsabilidade, querer ficar contra o agro, com os números todos que o nosso setor tem. Estamos falando de um terço do PIB, gerador de praticamente um quarto dos empregos do País, mais da metade da balança comercial.

publicidade

O Supremo vai julgar, no próximo dia 7, se a data de 5 de outubro de 1988 deve ser adotada como marco para demarcação de terras indígenas e pode derrubar essa tese. Qual sua posição sobre isso?

Defendemos colocar na lei aquele entendimento do STF sobre as demarcações, inclusive a data de 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a Constituição. Para isso, é fundamental que o Congresso aprove o Projeto de Lei 490. Somos a favor do marco temporal para garantir a segurança jurídica de quem compra uma propriedade privada, para que não seja despejado, sem indenização, por se tratar de terra ocupada por indígenas no passado. Estamos falando de 22% do território nacional. Cidades inteiras que podem virar área indígena da noite para o dia, e o agro perderia todo o destaque e pujança que tem hoje. Não somos contrários aos direitos indígenas, mas o Estado não pode retirar o direito de quem paga por suas propriedades nos dias atuais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Política

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline