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Almirante nega ter colocado tropa à disposição de um plano golpista

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O ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos negou nesta terça-feira, 10, ter colocado as tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. "Eu nunca usei essa expressão (colocar as tropas à disposição). Eu nunca disponibilizei tropas para ações dessa natureza", afirmou.

O almirante falou pela primeira vez sobre a trama golpista - ele foi interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) como réu do "núcleo crucial" do plano de ruptura institucional. Na fase de inquérito, Garnier fez uso do direito ao silêncio e não respondeu às perguntas da Polícia Federal.

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Questionado ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-comandante da Marinha chamou a versão de que teria apoiado uma ação golpista de "ilação". "O presidente (Bolsonaro) não abriu a palavra a nós. Ele fez as considerações dele, expressou o que pareciam mais preocupações e análise de possibilidades do que propriamente uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção", disse.

Forças

Os ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, relataram em depoimentos que Garnier aderiu às intenções golpistas de Bolsonaro. O assunto, segundo eles, foi tratado em uma reunião no Palácio da Alvorada, no dia 7 de dezembro de 2022, na presença dos então chefes das Forças Armadas e do ministro da Defesa na época, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, além de Bolsonaro.

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Conforme relato de Baptista Jr., em maio, como testemunha de acusação no processo a que Bolsonaro responde no STF por tentativa de golpe, ele e Freire Gomes se opuseram ao posicionamento de Garnier. "O almirante Garnier não estava na mesma sintonia. Em uma dessas reuniões, chegou a um ponto em que falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente", disse o ex-chefe da FAB.

GLO

Garnier confirmou o encontro de 7 de dezembro, mas disse que os temas abordados foram os acampamentos bolsonaristas perto de quartéis e "considerações acerca do processo eleitoral". Ele negou que a prisão de autoridades tenha sido tratada. "Houve apresentação de alguns tópicos de considerações que poderiam levar, talvez, não foi decidido isso naquele dia, à decretação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou de necessidades adicionais, principalmente visando à segurança pública."

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Ainda segundo o almirante, Bolsonaro não apresentou minuta golpista. "Eu não vi minuta, eu vi uma apresentação na tela de um computador. Havia um telão onde algumas informações eram apresentadas. Quando o senhor fala minuta, eu penso em papel, eu não recebi esse tipo de documento."

Garnier disse também que segue "à risca" a hierarquia e, como subordinado de Bolsonaro, só poderia questionar uma ordem "flagrantemente ilegal", o que, segundo ele, não ocorreu. "Até que isso aconteça, (são) ilações. Eu era comandante da Marinha, não assessor político do presidente. Me ative ao meu papel institucional. O estatuto dos militares não faculta ficar criticando coisas que estão na cabeça de outrem, principalmente se esse outrem for o seu chefe."

Em 14 de dezembro de 2022 houve nova reunião entre os chefes das Forças e o general Paulo Sérgio. Na ocasião, o titular da Defesa apresentou uma minuta golpista, segundo Freire Gomes e Baptista Jr.; Garnier alegou que chegou atrasado ao encontro. "Quando entrei, percebi que tinha havido algum tipo de desentendimento, alguma discussão anterior. E a reunião foi encerrada. O ministro não abriu nenhuma pauta adicional, parecia estar chateado com o desenrolar da conversa", declarou.

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