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Um ano depois, morte da bailarina é lembrada com homenagens

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Um ano depois, morte da bailarina é lembrada com homenagens
Autor Foto: G1

Um ano depois, a dor de perder uma filha ainda é intensa e presente diariamente na vida de Maurício Borges, pai da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges.

"A dor é o aspecto mais difícil desse processo de luto, é o reflexo mais evidente de um processo de ruptura de vida. A gente imagina que, como outras dores, essa vai embora. Mas não, ela ameniza, quando há algo que faz a gente lembrar da Magó, essa dor volta com muita força. Não faz parte da natureza humana. Você nasce, se desenvolve, cresce e o natural é que os pais vão embora antes dos filhos. Quando isso é invertido, é muito difícil superar", disse o pai de Maria Glória.

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Maria Glória tinha 25 anos e foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2020 em uma chácara em Mandaguari, no norte do Paraná. Ela foi ao local para acampar e passar o fim de semana.

O corpo foi encontrado perto de uma cachoeira com várias marcas de que tivesse lutado com alguém. Exames do Instituto Médico-Legal (IML) comprovaram que ela sofreu violência sexual e foi asfixiada.

As investigações chegaram até Flávio Campana, de 40 anos. Segundo a polícia, ele estava na mesma chácara que Maria Glória, no mesmo fim de semana. Ele foi identificado como suspeito de envolvimento no caso após a polícia ter acesso a uma foto em que ele aparecia e se destacava uma tatuagem.

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Flávio Campana foi preso dias depois em Apucarana, onde morava. Ele sempre negou o crime, no entanto material genético dele foi encontrado na calcinha e no corpo de Maria Glória. A confirmação ocorreu após realização de exames feitos pelo IML.

Desde março de 2020, Campana é réu por homicídio com três qualificadoras - feminicídio, utilizou de meio cruel e para assegurar impunidade a outro crime - e também pelos crimes de estupro e ocultação de cadáver.

Obra inaugurada

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Filha de bailarina, Maria Glória seguiu os passos da mãe. Além de dançar, dava aulas de balé, cursava artes visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e ainda fazia capoeira.

Amante das artes e da dança, se apresentou em várias cidades do Brasil e de outros países. A morte dela provocou protestos contra violência contra mulher e homenagens à bailarina em vários cantos do mundo.

A homenagem à Maria Glória mais recente ocorreu no sábado (23), em Maringá, onde a jovem morava com a família.

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Com camisetas, placas, cartazes com o rosto de Maria Glória estampado, além de apresentações de música e dança, amigos e familiares lembraram a data que a bailarina morreu.

Na praça de Todos os Santos, o grupo inaugurou uma escultura em memória à Maria Glória e também a todas as mulheres que foram vítimas de violência provocada, na grande maioria, por machismo.

A escultura chamada Arte Madeixas de Magó, foi doada pelo artista Paolo Ridolfi, de Maringá. A obra é mais um símbolo do que Magó se tornou, um símbolo da luta contra a violência à mulher. Ela representa todas as mulheres que foram vítimas de feminicídio em 2020 no Paraná.

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"Precisamos honrar todas as mulheres com a melhor investigação possível, para encontrar o agressor e punir da forma correta. Isso é importante para que o número de casos de violência contra mulher diminua. É preciso dar um basta, o Paraná é um dos estado que mais mata mulher no Brasil", enfatiza Borges.

Conforme informações do Ministério Público do Paraná (MP-PR), no ano passado foram abertos 217 inquéritos por feminicídio ou tentativa de feminicídio.Um aumento de quase 4% se comparado com 2019. Uma violência baseada no machismo.

Neste início de ano, há registro de tentativa de feminicídio ou de morte de uma mulher a cada dois dias no estado, ainda segundo o Ministério Público.

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As informações são do site G1.

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