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Saúde implementa força-tarefa e terá novas ações contra escorpiões

Três mortes já foram registradas neste ano em decorrência da picada do animal, sendo duas em Cambará e uma em Jacarezinho

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Saúde implementa força-tarefa e terá novas ações contra escorpiões
Autor Foto por 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho / Sesa-PR - Os três óbitos foram na 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) implementou uma força-tarefa e reforça as ações de vigilância e prevenção contra acidentes com escorpiões. A orientação é que a população redobre os cuidados dentro e ao redor das residências, evitando condições que favoreçam a presença desses animais.

Este ano o Paraná já registrou mais de cinco mil casos de acidentes com escorpiões e três mortes em decorrência da picada do animal. Os óbitos foram registrados em Cambará (um menino de 3 anos e um de 12 anos) e em Jacarezinho (uma menina de 4 anos). Embora a maioria dos acidentes seja de baixa gravidade, casos mais graves exigem atendimento médico imediato. A recomendação é que, diante de qualquer picada, a pessoa procure rapidamente uma unidade de saúde.

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Os três óbitos foram na 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, que abrange 22 municípios. Dois deles ocorreram em Cambará. Entre os 423 casos de acidentes com escorpiões registrados em 2025 na Regional, 115 foram em Cambará.

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A Sesa já realizou diversas ações de busca ativa de escorpiões na cidade, sendo que de julho até agora foram capturados mais de 2 mil animais. Além disso, a pasta está mobilizando os representantes de movimentos sociais, organizações não governamentais, lideranças comunitárias locais, associações de moradores, instituições religiosas e formadores de opinião de toda a região para mobilizar a população sobre ações que previnam os acidentes por escorpiões.

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A pasta vai disponibilizar 330 mil folders informativos para toda a 19ª Regional, especialmente no município de Cambará. “A prevenção é a melhor solução. Se evitarmos o acidente, estaremos preservando vidas e reduzindo a necessidade de tratamentos de urgência”, afirma o secretário da Saúde em exercício, César Neves.

SOROS EM CAMBARÁ E OUTROS 224 LOCAIS

O município de Cambará foi habilitado nesta semana como local de armazenamento de soros antivenenos, visto que anteriormente só era referenciado para aplicação do insumo. A cidade não tinha local local apto para armazenar o insumo e equipamento adequados no hospital municipal. A 19ª Regional de Saúde coordenou a capacitação da equipe e a adequação da estrutura, que foi viabilizada pela prefeitura, garantindo condições adequadas de armazenamento, controle e dispensação dos insumos.

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Com a inclusão de Cambará na rede de referência, os casos graves de picadas de escorpião, aranha e cobra poderão receber atendimento imediato, inclusive de municípios próximos, quando indicado pela Regional, mediante suporte do CIATox.

O Paraná mantém uma rede estruturada para atendimento a acidentes causados por animais peçonhentos. Atualmente, 225 serviços de saúde, distribuídos nas 22 Regionais de Saúde, estão habilitados como referência para aplicação de soros antivenenos, garantindo assistência rápida e segura em todo o Estado.

Os soros utilizados contra envenenamentos por escorpiões, serpentes, aranhas e lagartas são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos estados conforme o cenário epidemiológico. Desde 2016, o país enfrenta limitações na produção, e atualmente apenas o Instituto Butantan realiza o fornecimento e o produto não está disponível para comercialização.

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Nunca houve falta de soro no Paraná. As Regionais de Saúde atuam em regime de plantão permanente, garantindo que, quando um caso é registrado, o insumo seja enviado rapidamente para o local indicado. “Cada caso é avaliado individualmente com o CIATox, que orienta o uso adequado do soro e assegura o cumprimento dos protocolos clínicos. Nem todos os acidentes exigem soroterapia, e o controle racional é essencial para evitar desabastecimento”, reforçou o secretário.

ESCORPIÕES PERTO DE CASA

Os escorpiões se aproximam das casas em busca de alimento, especialmente insetos como baratas, atraídos por lixo e restos orgânicos. Materiais de construção, madeiras empilhadas, tijolos e entulhos também servem de abrigo para os animais, aumentando o risco de acidentes.

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No Paraná, o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é a espécie mais comum e responsável pela maioria dos casos graves e óbitos, especialmente em crianças. Sua picada pode causar reações intensas e requer atendimento médico imediato. As três mortes registradas este ano foram causadas pelo veneno dessa espécie.

O Estado também abriga outras espécies nativas, como o escorpião-marrom e o pretinho, mas o escorpião-amarelo é o mais preocupante por se reproduzir de forma assexuada, o que facilita infestações. Altamente adaptável, ele costuma viver em locais quentes e úmidos, abrigando-se sob entulhos, telhas, madeiras e frestas, e é atraído por ambientes com lixo e insetos, especialmente baratas, que compõem sua alimentação.

Para evitar acidentes, é fundamental que a população mantenha jardins e quintais limpos, evite o acúmulo de entulhos e restos de materiais de construção nas proximidades das casas e terrenos baldios e acondicione corretamente o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou recipientes com tampa, impedindo a presença de baratas e outros insetos que servem de alimento para os escorpiões. Também é importante sacudir roupas, sapatos e toalhas antes de usá-los, já que os escorpiões podem se esconder nesses locais.

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Em caso de acidente, recomenda-se limpar o local da picada com água e sabão, aplicar compressa morna e procurar imediatamente um serviço de saúde mais próximo. Se possível, o animal pode ser capturado com segurança, ou ainda registrado em fotografia para ser apresentado no atendimento médico para auxiliar na identificação.

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Não se deve amarrar o local da picada, aplicar substâncias como álcool, querosene, ervas ou urina, nem realizar cortes, perfurações ou queimaduras. Também não é recomendado oferecer bebidas alcoólicas, gasolina ou outros líquidos à vítima, pois podem agravar o quadro clínico.

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“Somente com a participação da população é possível reduzir os riscos. A prevenção depende de ações simples, como manter quintais e jardins limpos e acondicionar corretamente o lixo domiciliar”, afirmou César Neves.

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