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Saiba como foi a primeira viagem do bonde urbano do PR

Veículo inovador teve a sua primeira viagem realizada entre o Terminal São Roque, em Piraquara, e o Parque das Águas, em Pinhais

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Saiba como foi a primeira viagem do bonde urbano do PR
Autor A circulação para o público em geral começa nesta quarta-feira (10) - Foto: Jonathan Campos/AEN

A chuvosa manhã desta terça-feira (9) marcou a primeira viagem do Bonde Urbano Digital (BUD), novo sistema de transporte urbano que o Governo do Paraná implementa de forma inédita na América do Sul. A bordo, um grupo de convidados viveu o trajeto entre o Terminal São Roque, em Piraquara, e o Parque das Águas, em Pinhais, com o governador Ratinho Junior (PSD), que também participou da viagem inaugural. A circulação para o público em geral começa nesta quarta-feira (10).

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Fabricado pela empresa CRRC Nanjing Puzhen, o BUD é uma combinação entre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Transporte Rápido por Ônibus (em inglês Bus Rapid Transit - BRT), este último criado para o transporte coletivo de Curitiba nos anos 1970. Por meio da tecnologia Digital Rail Transit (DRT), o bonde digital segue por um “trilho virtual”, feito por meio de marcadores magnéticos e sensores no asfalto, sem a necessidade de trilhos físicos.

Com capacidade para até 280 passageiros, o BUD terá o mesmo valor de passagem do transporte convencional, de R$ 5,50. A rota percorrida pelo veículo sairá do Terminal de Pinhais, passando pela Avenida Ayrton Senna da Silva e a Rodovia Dep. João Leopoldo Jacomel até chegar ao Terminal São Roque, em Piraquara, em uma extensão de cerca de 10 quilômetros. Mesmo tendo a tecnologia para ser guiado de maneira autônoma, contará com motoristas durante todas as viagens.

A operação é coordenada pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), vinculada à Secretaria de Estado das Cidades (Secid). O órgão é responsável pelo transporte público da RMC.

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O governador destacou que o início da operação marca um avanço tecnológico inédito no transporte público do Paraná. “Hoje foi um dia de estreia para que esse projeto possa agora ser aprofundado, e eu espero que a população aprove. Se a população aprovar, vamos avançar com mais investimentos nessa modelagem”, antecipou.

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Ratinho Junior ressaltou que o sistema tem grande potencial de transformar a mobilidade. “É um modelo com custo-benefício muito mais barato que metrô ou VLT e que cumpre a mesma função, com a mesma capacidade. É possivelmente uma solução fantástica para a Capital e a região metropolitana”, acredita.

O clima dentro do veículo foi de surpresa e entusiasmo. Silêncio, estabilidade e a sensação de estar entrando em um meio de transporte do futuro foram as primeiras impressões de quem teve a chance de embarcar antes da abertura oficial. Fabricado pela empresa chinesa CRRC, o BUD combina características do VLT com o BRT, mas sem trilhos. Ele é guiado no asfalto por indução magnética, alcança até 70 km/h, tem 30 metros de comprimento, ar-condicionado e capacidade para 280 passageiros. A tarifa será a mesma do transporte metropolitano: R$ 5,50.

Entre os primeiros passageiros estava o estudante Henrique Gross, 10 anos, morador de Piraquara, que mal conteve a empolgação ao descer do veículo. “Eu gostei, achei silencioso. É legal, porque ele é autônomo e não precisa de motorista”, disse.

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Outra passageira que viveu o momento histórico foi Júlia Vitória de Oliveira, 15 anos, estudante da rede estadual e selecionada para o programa intercâmbio Ganhando o Mundo 2026. Para ela, o transporte representa um salto tecnológico. “Achei incrível pela tecnologia e pelo conforto. Vai ajudar muito quem trabalha e quem se desloca entre as cidades”, afirmou.

Júlia contou que ver esse tipo de inovação surgir na sua própria cidade reforça sua expectativa para o futuro. “A gente nem sempre tem uma visão tão tecnológica do Brasil, mas ver isso acontecendo aqui é algo que deve ser levado em consideração”, refletiu.

O aposentado Francisco José de Souza, 79 anos, nordestino que escolheu o Paraná para viver, também embarcou e saiu emocionado. Ele se declarou orgulhoso com o avanço. “Conforto eu tenho. É uma maravilha. Estou orgulhoso. Meu país é ‘o’ país”, celebrou.

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							Saiba como foi a primeira viagem do bonde urbano do PR
AutorRatinho Junior no novo BUD - Foto: Jonathan Campos/AEN

O diretor-presidente da Amep, Gilson Santos, destacou que a implantação do BUD faz parte de uma estratégia para suprir a demanda da Grande Curitiba, que tem visto sua população crescer ano a ano. “Nós temos esse desafio. Pela primeira vez, as cidades metropolitanas superaram a Capital em população. Ou seja, elas crescem mais que Curitiba, e isso deve continuar. Hoje nós temos um fluxo diário gigante, com cada vez mais pessoas vindas das cidades metropolitanas para a Capital, então precisamos repensar o transporte de massa”, explicou.

“O VLT e o metrô têm custos muito elevados e há poucos projetos assim no Brasil. Entendemos que o BUD pode suprir essa necessidade e ser um grande diferencial para os grandes corredores que nós temos, como Fazenda Rio Grande–Curitiba, São José dos Pinhais–Curitiba, Piraquara–Pinhais–Curitiba, Colombo–Curitiba, então nosso projeto futuro é pensar nos grandes corredores e nos grandes volumes de tráfego que temos no deslocamento nessa região”, complementou.

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Santos também ressaltou o caráter inovador do Bonde Urbano Digital, mas sem deixar a segurança de lado. “A condução autônoma ainda não está regulamentada no Brasil. O que estamos fazendo aqui é um trecho de demonstração para a população entender que ele pode funcionar de forma autônoma, mas sempre haverá dois motoristas, uma vez que ele é bidirecional”, arrematou.

Para o secretário das Cidades, Guto Silva, o BUD tem potencial para ser um “divisor de águas” no transporte de massa no Brasil. “Esse é um desafio de todas as grandes cidades do mundo: pensar em mobilidade. O cidadão metropolitano precisa se deslocar, e o transporte passa a ser extremamente importante. Nosso objetivo é encurtar o tempo de viagem desse cidadão que trabalha e se movimenta pela região metropolitana”, afirmou.

“O BUD não é trem, não é metrô, não é ônibus, mas reúne o melhor de cada um: a capacidade do trem, podendo colocar mais gente nos vagões; a mobilidade do ônibus, que pode mudar rapidamente de rota; e a agilidade do metrô. Tudo isso com silêncio e sustentabilidade”, ressaltou.

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