Rio Bonito do Iguaçu: um mês de dor, união e solidariedade

Há exatamente um mês, Rio Bonito do Iguaçu viveu um dos dias mais duros da sua história. Um tornado F4, evento raro até mesmo a níveis continentais, mudou rotinas, destruiu casas e colocou vidas em risco numa questão de minutos.

Neste domingo (7), quando olho para trás, penso menos na força do vento e mais na força das pessoas.

Foram mais de 400 profissionais de saúde que se levantaram imediatamente: socorristas do Samu, médicos, enfermeiros, técnicos, plantonistas e trabalhadores de hospitais de toda a região Centro-Sul do Paraná. Gente que não pensou em horário, cansaço ou distância. Pensou apenas em salvar vidas.

A resposta foi rápida, coordenada e humana.

Foram 36 ambulâncias, 6 aeronaves e um trabalho intenso que se estendeu por dias e semanas. Mais de 400 pessoas receberam atendimento de saúde. No auge da tragédia, mais de 30 pacientes estavam internados ao mesmo tempo e, com cuidado e dedicação, esse número foi diminuindo.

Hoje, seguimos torcendo e acompanhando de perto a recuperação de dois moradores que ainda estão internados. Cada melhora importa. Cada vida importa.

Também não posso esquecer das famílias que perderam tudo. As últimas que estavam em abrigo já estão acolhidas em hotel no próprio município. Ainda há muito a reconstruir — nas casas e nos corações.

Um mês depois, fica a dor, mas também fica a certeza: o Paraná respondeu, o SUS respondeu, e a união fez a diferença.

Meu reconhecimento, mais uma vez, ao governador Ratinho Junior, que não mediu esforços para reparar os danos e cuidar das vidas das pessoas. Minha gratidão profunda a cada profissional que esteve lá. Vocês não apenas atenderam uma tragédia. Vocês devolveram esperança.

Rio Bonito do Iguaçu não está, e nunca esteve, sozinho.