Quais golpes cometeu Marcelo Vips, que morreu aos 49 anos
Paranaense morreu em Joinville (SC) vítima de cirrose hepática
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O paranaense Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido nacionalmente como "Marcelo VIPs", morreu nesta terça-feira (9), em Joinville (SC). Considerado um dos maiores estelionatários da história do país, ele não resistiu às complicações de uma cirrose hepática. A morte foi confirmada pelo advogado e amigo Roberto Bona Junior.
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Natural de Maringá, Marcelo ganhou notoriedade pela capacidade de assumir múltiplas identidades e transitar por diferentes esferas sociais e criminosas. Sua trajetória de golpes inspirou a biografia "Vips: Histórias reais de um mentiroso", de Mariana Caltabiano, e o filme "VIPs" (2010), no qual foi interpretado pelo ator Wagner Moura.
Segundo a defesa, Marcelo vivia um período de ressocialização nos últimos anos, atuando como produtor de eventos e palestrante sobre persuasão.
As 'mil faces' de Marcelo
A extensa ficha criminal de Marcelo VIPs acumula passagens por estelionato, falsidade ideológica, associação ao tráfico e roubo de avião. Entre as histórias mais emblemáticas de sua "carreira", destacam-se:
- Dono de companhia aérea: Aos 25 anos, fingiu ser filho do dono da Gol Linhas Aéreas durante uma festa de carnaval em Recife (PE). Com seguranças e postura convincente, deu entrevistas para a TV e foi tratado como celebridade, episódio que originou seu apelido.
- Líder do PCC: Enquanto estava detido no Complexo Penitenciário de Bangu (RJ), em 2002, assumiu falsamente a identidade de um líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital para negociar o fim de uma rebelião.
- Músico famoso: Foi preso em Balneário Camboriú (SC) ao se passar pelo guitarrista da banda Engenheiros do Hawaii, chegando a posar para colunas sociais.
De acordo com sua biografia, os golpes começaram na adolescência, aos 14 anos. Ainda jovem, fingiu ser policial, repórter de TV, olheiro da Seleção Brasileira e fiscal da Receita Federal. Também atuou como piloto para o narcotráfico na fronteira do Paraná, transportando produtos ilegais a partir de Foz do Iguaçu.
Ao longo de sua vida, Marcelo acumulou condenações que somavam 33 anos de prisão (dados de 2014), foi detido em 12 estados diferentes e protagonizou nove fugas, incluindo uma escapada pela rede de esgoto de um presídio.
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