O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio do Núcleo de Análise de Inquéritos Policiais (Naip), cumpriu na manhã desta sexta-feira, 4 de julho, dois mandados de busca e apreensão em investigação de desvio de R$ 607.192,24 do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc). As medidas judiciais foram autorizadas no âmbito de denúncia apresentada pelo MPPR à 10ª Vara Criminal de Curitiba, tendo como réus o presidente da entidade, o advogado do sindicato (irmão do presidente) e outros familiares dele.
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Os mandados cumpridos nesta manhã foram expedidos pela 10ª Vara Criminal de Curitiba, tendo como alvo o presidente da entidade. O cumprimento das medidas foi feito com apoio da Polícia Militar. As ordens judiciais tiveram como objetivo o recolhimento de dinheiro armazenado na residência do investigado, em Curitiba, e em uma chácara de sua propriedade em Mandirituba, na região metropolitana da capital. O material apreendido ainda não foi divulgado. Também foi determinado pela Justiça e cumprido o afastamento do sindicalista da presidência do Sindimoc.
Atos criminosos – As investigações tiveram início em 2010 e resultaram na oferta de denúncia pelo MPPR, em maio de 2025, contra o sindicalista e mais seis pessoas (todas elas familiares do investigado principal) por 120 atos criminosos relacionados a episódios de apropriação de dinheiro para proveito próprio ou de familiares e utilizado para fins diversos, inclusive compras de grande quantidade de bebidas alcoólicas.
O presidente do sindicato foi denunciado por 157 crimes de peculato, entre outros. Os outros seis réus também foram denunciados por diversos crimes de peculato.
OUTRO LADO
Em nota enviada ao G1, o presidente do sindicato criticou a atuação do Ministério Público e negou os crimes. "Na verdade, são coisas que a gente não consegue entender por parte do Ministério Público. Se eu estou respondendo o processo e levantando as informações necessárias... As pessoas que vivem ao meu redor já abriram suas contas para investigação, já foram dar depoimento e, mesmo assim, o MP continua tentando denegrir a nossa imagem, a gente tem que ver qual vai ser a medida que vamos tomar para se proteger", diz.
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