Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Paraná

publicidade
CONDENAÇÃO

PR: Homem deixa mulher 5 anos em cárcere e sai da cadeia após 1 dia

Condenado a seis anos de cadeia por cinco crimes teve prisão revogada pela Justiça um dia após receber a sentença

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

PR: Homem deixa mulher 5 anos em cárcere e sai da cadeia após 1 dia
Autor Jean estava preso desde abril, mas, como o regime estabelecido não é o fechado, a Justiça determinou a soltura imediata - Foto: Reprodução / Polícia Civil do Paraná

O homem condenado por manter a esposa em cárcere privado por cinco anos em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba (PR) foi solto um dia após a sentença. Jean Machado Ribas, de 23 anos, deixou a prisão na quinta-feira (20), depois que a Justiça revogou a preventiva e fixou o regime inicial semiaberto para o cumprimento da pena. Ele havia sido julgado na terça-feira (19) e condenado a seis anos de reclusão.

📰 LEIA MAIS: Renato Freitas revela que será pai e saiu de pré-natal antes de briga

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Jean estava preso desde abril, mas, como o regime estabelecido não é o fechado, a Justiça determinou a soltura imediata. Segundo a decisão, o período já cumprido em prisão cautelar e a definição pelo semiaberto tornaram desnecessária a continuidade da detenção. A defesa dele ainda não foi localizada.

📲 Clique aqui e receba as notícias pelo grupo do TNOnline no WhatsApp

O caso veio à tona em 14 de março, quando a mulher foi resgatada junto com o filho de 4 anos após enviar um e-mail pedindo socorro para a Casa da Mulher Brasileira. Quinze dias antes, ela havia tentado pedir ajuda entregando um bilhete em um posto de combustíveis, mas o casal não foi encontrado.

publicidade

Depois do resgate, Jean foi preso em flagrante, mas solto dois dias depois, em 16 de março, após audiência de custódia. No dia seguinte, o Ministério Público voltou atrás e pediu a prisão preventiva, que foi decretada, mas ele já não foi localizado. Jean ficou 29 dias foragido até se entregar à polícia em 16 de abril.

A sentença reconheceu cinco crimes, com base nas provas apresentadas pelo Ministério Público:

  • cárcere privado;
  • violência psicológica;
  • lesão corporal;
  • ameaça;
  • descumprimento de medidas protetivas.

O documento também citou agravantes, como a duração das agressões — mais de cinco anos — e o fato de o filho do casal, então com 3 anos, presenciar parte da violência. Como atenuantes, foram considerados a primariedade e os bons antecedentes do réu.

publicidade

A advogada da vítima afirma que ela está “bastante abalada” e que vai renovar a medida protetiva. “Desde o início do processo, a vítima teme muito pela sua vida e pela do filho também. Ela ainda está bastante abalada”, disse.

O Ministério Público informou que pediu regime inicial fechado, mas ainda não foi notificado oficialmente da decisão que colocou o réu no semiaberto. O órgão deve analisar um eventual recurso.

Por que a prisão foi revogada?

Na decisão, a Justiça afirmou que, diante do “considerável tempo de prisão cautelar” e do regime fixado, a manutenção da preventiva deixaria de ser proporcional. Também citou a “situação gravíssima dos presídios”, com superlotação e falta de estrutura, afirmando que a prisão processual deve ser aplicada apenas quando absolutamente necessária.

publicidade

Para seguir em liberdade, Jean terá que cumprir medidas cautelares, como:

  • comparecimento mensal em juízo;
  • não frequentar bares ou consumir álcool;
  • não viajar sem autorização;
  • toque de recolher;
  • participação em 12 sessões de grupo reflexivo.
  • Relatos da vítima

A mulher contou que era monitorada por uma câmera de segurança e que não podia falar com outras pessoas sem a presença de Jean. Disse que não tinha celular próprio, relatou episódios de amarração, asfixia e agressões, além de ameaças de morte caso pedisse ajuda. Ela foi resgatada com hematomas e afirmou que o filho também vivia trancado e presenciava as violências.

Prisões e solturas anteriores

No dia do resgate, Jean foi preso em flagrante, mas a soltura ocorreu após o Ministério Público entender que as medidas protetivas seriam suficientes. No dia seguinte, porém, a Promotoria reavaliou o caso, apontou risco à vítima e pediu a prisão preventiva. A Justiça acatou, mas Jean já havia fugido. A captura só ocorreu em abril, quando ele se apresentou voluntariamente em Rio Branco do Sul.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Paraná

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline