Policial Civil é suspeito de devolver caça-níqueis a criminosos no PR
Agente teria retirado equipamentos da delegacia para entregar a grupo de jogos ilegais
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Um policial civil lotado em Umuarama, no noroeste do Paraná, é alvo de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR). O servidor é suspeito de devolver máquinas caça-níqueis a uma organização criminosa que explora jogos ilegais na cidade. Os equipamentos haviam sido apreendidos pela própria polícia e foram entregues clandestinamente ao grupo.
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O caso desdobrou-se em novas ações na terça-feira (25), com a deflagração das operações Alcova II e Successione IV. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva. De acordo com o promotor Guilherme Franchi, dois homens — proprietários de bares e suspeitos de integrar a quadrilha — foram presos com o apoio do 25º Batalhão de Polícia Militar. Seus nomes não foram divulgados.
Durante as diligências, as equipes apreenderam celulares, equipamentos eletrônicos, documentos e anotações, que passarão por perícia.
As investigações tiveram início em janeiro deste ano, apurando crimes de corrupção, lavagem de ativos e exploração de jogos de azar. Em 19 de fevereiro, uma ação policial vistoriou locais suspeitos e apreendeu 16 máquinas caça-níqueis, dinheiro, talões de jogo do bicho e celulares em dois bares.
A análise do celular de um dos responsáveis pelos estabelecimentos revelou a existência da organização criminosa. Durante a apuração, constatou-se que o policial civil, lotado na 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, retirou sete máquinas que estavam apreendidas na delegacia no dia 12 de março e as devolveu aos criminosos.
Uma das máquinas desviadas foi recuperada pela polícia em 25 de setembro, durante a primeira fase da operação Alcova.
O policial e outros nove integrantes do grupo foram denunciados em 23 de outubro pelos crimes de formação de organização criminosa, peculato e exploração de jogos de azar e jogo do bicho. Na denúncia, o Ministério Público solicitou a decretação da perda do cargo público do agente.
Em nota, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou que o servidor continua atuando em sua função, visto que, até o momento, não houve determinação judicial para o seu afastamento.
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