A Polícia Civil do Paraná (PC/PR), da delegacia de Ponta Grossa, está investigando um suposto caso de homofobia envolvendo um aluno e um professor de uma Instituição de Ensino Superior (IES) do Município. A situação teria ocorrido no início deste mês, durante uma aula da graduação. A IES abriu um protocolo de sindicância para apurar o caso. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também acompanha a situação.
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Conforme as informações do Boletim de Ocorrência (B.O.) que o Portal aRede teve acesso, o caso teria começado dias antes da suposta situação de homofobia, em 19 de maio. Nesse dia, o docente teria proposto uma discussão relacionada à Lei Maria da Penha, onde o aluno teria questionado a aplicabilidade da legislação. Na ocasião, outros acadêmicos não teriam concordado com o que o estudante questionou, gerando certa discussão em sala. Posteriormente, o professor encerrou a aula.
Na sequência, em 26 de maio, o mesmo assunto - Lei Maria da Penha - veio à tona. Nesse dia, o acadêmico relata que se sentiu debochado pelo professor e por outros alunos, preferindo ficar em silêncio e se retirando do ambiente. Após essas situações, em 9 de junho ocorreram os fatos que motivaram a investigação da Polícia Civil. Quem conduz o trabalho é o delegado Derick Moura Jorge, da 13ª Subdivisão Policial (13ª S.D.P.) de Ponta Grossa.
DOS FATOS - De acordo com o B.O., durante a aula, o professor (possível vítima) teria perguntado ao aluno se estava tudo bem e “qual é a graça” em relação ao o que era discutido naquele dia. Na sequência, o acadêmico teria novamente dito que estaria constrangido com essa exposição e que não estaria rindo do docente. No decorrer do caso, o educador teria dito que a aula era dele e que se o estudante não estivesse gostando, poderia se retirar - é o que consta no Boletim de Ocorrência.
Porém, em determinado momento o aluno (suposto autor de homofobia) teria proferido as seguintes palavras: “Aqui tem homem. Se o senhor quiser, podemos conversar depois, de homem para homem”. Diante da situação, o professor teria encerrado a discussão e finalizado dizendo: “Não sou refém de aluno”. Após a situação, a aula teria continuado até seu término.
Após a suposta discussão entre os dois envolvidos, o acadêmico teria procurado o docente, no dia seguinte, para se desculpar do ocorrido - isso teria ocorrido via mensagem no aplicativo WhatsApp (como mostra o print abaixo), como também pessoalmente. Entretanto, na mesma data, já na instituição de ensino, o educador teria comunicado outros acadêmicos que não daria mais aula, pois teria se sentido desrespeitado diante dos acontecimentos.
Na sequência, o caso teria começado a tomar certa proporção, com supostas mensagens em grupos de professores e de alunos, que comentavam em se tratar de um possível caso de homofobia. À equipe de Jornalismo do Portal aRede, o suspeito afirmou que não fez nada no momento, esperando um direcionamento por parte da coordenação do curso. Em um grupo de WhatsApp da turma, o caso também gerou certa discussão entre alguns integrantes - veja os prints abaixo:
Com informações do portal aRede
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