Foto por Reprodução PM
Um homem de 29 anos foi preso na noite de quinta-feira (29), em Curitiba (PR), após utilizar um dispositivo de laser contra o helicóptero Falcão 12 da Polícia Militar do Paraná (PMPR), durante uma ação de patrulhamento aéreo no bairro Boqueirão. A aeronave integra a estrutura do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e foi acionada em conjunto com o Batalhão de Choque, que localizou o suspeito com base nas coordenadas fornecidas pela tripulação.
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Segundo relato dos policiais envolvidos, o feixe de luz chegou a comprometer temporariamente a visibilidade no helicóptero, o que poderia ter provocado um acidente, colocando em risco tanto os tripulantes quanto pessoas em solo. O uso indevido de lasers é especialmente perigoso em voos noturnos, quando há maior sensibilidade à luz por parte dos pilotos.
“A utilização de laser é extremamente perigosa, principalmente nas operações que ocorrem à noite, porque ao ofuscar a visão do piloto, pode causar desorientação de toda a tripulação, acarretando graves acidentes”, alerta o oficial de Comunicação e piloto do BPMOA, capitão Maikon Venâncio.
Além do perigo, o uso de ponteiras a laser contra aeronaves também é crime previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que trata sobre expor ao perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar ato que dificulte a navegação aérea. A pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão, podendo ser aumentada em casos de agravamento do risco.
Dados mais recentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) reforçam a gravidade do uso indevido de lasers contra aeronaves. Em 2023, foram registradas 1.434 notificações de emissão de raio laser contra aeronaves em território nacional. Os números representam um aumento significativo em relação aos anos anteriores, indicando uma tendência de alta preocupante.
No caso ocorrido em Curitiba, o homem que apontou o laser para a aeronave da PMPR, de nacionalidade venezuelana, foi localizado, identificado e conduzido à 1ª Central de Flagrantes, onde foi formalmente indiciado. A Polícia Civil dará sequência à investigação.
“Com o uso da tecnologia embarcada nas aeronaves do Projeto Falcão, temos plenas condições de identificar de onde o laser está sendo apontado, projetar essa coordenada e enviar rapidamente uma viatura para que seja feito o flagrante dessa pessoa para coibir esse tipo de conduta”, esclarece o capitão Venâncio.
A prática tem se tornado recorrente em áreas urbanas, por isso além de coibir diretamente os casos, a PMPR orienta que a população denuncie caso testemunhem situações semelhantes pelo telefone 190. O anonimato é garantido.
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