Três pássaros da espécie araçari-castanho, aves da família dos tucanos, apareceram no banheiro de um apartamento na quinta-feira (21). Os animais, que são ameaçados de extinção, foram encontrados no terceiro andar de um prédio de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A reportagem é do portal G1.
A comerciante Elenice Albam contou ao G1 que quando ela, o marido e o filho entraram no apartamento ouviram um barulho estranho vindo do banheiro.
"Chegamos em casa, e nos assustamos com um barulho estranho vindo do banheiro. Ao abrir a porta tivemos essa surpresa, uma visita inusitada e bonita", relatou ao G1.
Elenice acredita que as aves tenham entrado no local diante da chuva registrada em Foz do Iguaçu naquele dia. Com os fortes ventos registrados, a janela fechou, impedindo a saída dos animais do local.
Após a abertura da janela, Elenice conta que ligou para os bombeiros para ter a orientação adequada sobre o que fazer. A comerciante foi informada pela corporação de que, por conta do feriado, não havia efetivo para fazer o resgate.
A equipe, no entanto, orientou a família sobre alguns procedimentos. Ela foi orientada a não se aproximar dos animais e a deixar a janela aberta. Então, um dos pássaros saiu do banheiro, meia hora depois o segundo e uma hora depois o terceiro.
De acordo com o observador de aves Fabrício Vilela, a entrada desses animais em residências é rara. Ele acredita que as aves, ao verem o próprio reflexo no vidro, podem ter confundido a imagem e pensado se tratar de aves da mesma espécie disputando a área.
Araçari-castanho
De acordo com Fabrício, no Brasil existem 22 espécies da família dos tucanos, os chamados ramphastídeos. Em Foz do Iguaçu, segundo ele, é possível ver 5 espécies de ramphastídeos:
Tucano-toco que tem o bico amarelo e é o maior da família, Tucano-de-bico-verde, Araçari-castanho, Araçari-poca, e Araçari-banana (de rara aparição na cidade). A espécie mede em torno de 43 centímetros de comprimento e pesa entre 220 e 310 gramas. Possui plumagem preta da cabeça à nuca e marrom castanho nas laterais da cabeça. O macho da espécie é maior e tem o bico mais longo que o da fêmea.
Conforme o biólogo André Hipólito Xavier, o pássaro consta no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção de 2018, em uma classificação de categoria de risco mais baixo na escala.
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