Paranaense conquista medalhas nos Jogos Mundiais de Transplantes
Ramon Lima, apoiado pelo Proesporte e com patrocínio da Copel, conquistou uma medalha de prata e duas de bronze na competição, realizada na Alemanha

O atleta paranaense Ramon Lima, apoiado pelo Governo do Estado por meio do Programa de Incentivo ao Esporte do Governo do Estado (Proesporte) e com patrocínio da Copel, conquistou três medalhas na edição 2025 dos Jogos Mundiais de Transplantes (World Transplant Games), realizado em Dresden, na Alemanha, de 17 a 24 de agosto.
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O evento é organizado pela Federação Mundial de Jogos de Transplante (WTGF), ocorre a cada dois anos e reúne atletas transplantados de todo o mundo para celebrar o sucesso dos transplantes e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Neste ano, participaram cerca de 2.500 atletas, de 51 países, que disputaram 17 modalidades esportivas.
O paranaense Ramon Lima passou por transplante de rim. Nos Jogos, ele conquistou a medalha de prata em corrida de 800m, com o tempo de 2min27s55; ficou em 3º lugar na prova de 5km (categoria-49 anos), com o tempo de 18m43s; e ganhou o bronze também nos 1.500m,com a marca de 5min26s01.
“O Ramon é um atleta de muita garra e determinação. Tê-lo representando o Paraná mundo afora é uma honra. Tenho certeza de que ele ainda nos trará muito mais alegrias, ele é um exemplo, um guerreiro”, afirmou o secretário estadual do Esporte, Hélio Wirbiski.
Os resultados representam uma evolução em relação ao último Mundial, em 2023, na Austrália, quando Ramon conquistou duas medalhas de bronze em sua estreia, um desempenho muito positivo, consolidando a força do esporte como ferramenta de superação. “Foi uma sensação indescritível cruzar a linha de chegada e conquistar essas medalhas. Eu tinha o objetivo claro de subir ao pódio nos 5km, já que em 2023 fiquei em quarto lugar, e também queria melhorar meu desempenho nas demais provas”, afirmou.
“Graças ao apoio da Copel e do Proesporte, cheguei mais forte, mais confiante e melhor preparado para este Mundial. Voltando ao Brasil já daremos início o ciclo de dois anos rumo ao próximo desafio, em 2027, na Bélgica”, comemorou.
No Brasil, as campanhas de incentivo à doação de órgãos são promovidas principalmente em setembro, com o Setembro Verde, mas a participação de atletas como o paranaense Ramon Lima nos Jogos Mundiais amplia o alcance da mensagem, mostrando que o esporte é também um instrumento de transformação social e valorização da vida.
DOAÇÃO NO PARANÁ – O Paraná é líder no País em doações de órgãos, com 42,3 doadores por milhão de população (pmp) em 2024 – mais que o dobro da média nacional, de 19,2 pmp. O Estado também lidera o indicador de doadores cujos órgãos foram efetivamente transplantados, com 36 pmp, contra 17,5 pmp da média nacional.
O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, possui 78 mil pessoas em fila de espera por um transplante, sendo os mais demandados, em 2024: rim (42.838), Córnea (32.349) e Fígado (2.387). No ano passado, o país realizou mais de 30 mil transplantes (órgãos, tecidos e células).
Apesar dos avanços, a taxa de doadores efetivos no País ainda é considerada baixa. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2024 a taxa foi de 20,3 por milhão de pessoas. A recusa familiar representa 45% dos motivos para que órgãos não sejam doados. O segundo motivo que impede a efetivação dos potenciais doadores é a contraindicação médica, que corresponde a 18% dos casos, de acordo com a associação.
As campanhas de incentivo à doação de órgãos são promovidas principalmente em setembro, com o Setembro Verde, mas a participação de atletas como Ramon Lima nos Jogos Mundiais amplia o alcance da mensagem, mostrando que o esporte é também um instrumento de transformação social e valorização da vida.