O Paraná registrou 3.764 atendimentos de emergência por intoxicação entre 2009 e 2024, segundo levantamento da Abramede (Associação Brasileira de Medicina de Emergência). O número coloca o estado entre os destaques do Sul do país, que teve o segundo maior total de ocorrências, atrás apenas do Sudeste.
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De acordo com o estudo, nos últimos 10 anos, 1.480 pessoas morreram no Brasil após casos de intoxicação, e muitos atendimentos envolveram ingestão proposital de substâncias por terceiros. No Paraná, assim como em outros estados do Sul, os registros incluem tanto acidentes quanto envenenamentos intencionais.
O levantamento revela que, no país, a cada duas horas uma pessoa é atendida em pronto-socorro do SUS por envenenamento ou reação grave a substâncias tóxicas, totalizando 45.511 casos em uma década. Entre os tipos de intoxicação, lideram os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, seguidos por pesticidas, álcool e sedativos.
Segundo a emergencista Juliana Sartorelo, o atendimento rápido é decisivo: “A prioridade não é identificar o intoxicante, mas garantir o suporte de vida adequado. Só depois buscamos informações para direcionar o tratamento”.
O estudo mostra que homens foram maioria entre as vítimas, especialmente adultos jovens de 20 a 29 anos. Crianças de 1 a 4 anos também aparecem entre os mais afetados.
A presidente da Abramede, Camila Lunardi, alerta que muitos episódios de intoxicação são cometidos intencionalmente, motivados por questões emocionais ou familiares, e destaca a necessidade de políticas de fiscalização, regulamentação de substâncias e suporte socioemocional à população.
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